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Ucrânia diz que aceita cessar-fogo de 30 dias com Rússia e volta a receber ajuda dos EUA

Proposta ainda precisa do aval de Moscou para entrar em prática

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Tetiana Dzhafarova/AFP)

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky (Tetiana Dzhafarova/AFP)

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 11 de março de 2025 às 15h39.

Última atualização em 11 de março de 2025 às 16h03.

A Ucrânia disse nesta terça-feira, 11, que aceita um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia, para pausar os conflitos da guerra. A medida, proposta pelos Estados Unidos, ainda depende da concordância de Moscou.

Além disso, o governo de Donald Trump anunciou que retomará o envio de ajuda militar e de informações de inteligência à Ucrânia, que haviam sido suspensas dias depois de um bate-boca entre Trump e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, no fim de fevereiro.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse que agora a proposta de cessar-fogo será levada ao governo da Rússia. "Vamos dizer a eles que isso está na mesa. A Ucrânia está pronta para parar de atirar e começar a conversar. E agora é com eles [Rússia] dizer sim ou não", disse Rubio, em entrevista coletiva.

Ajuda havia sido interrompida

Os Estados Unidos enviaram ajuda militar e financeira para a Ucrânia desde o início da invasão russa, que deu origem à guerra. No entanto, na semana passada, os presidentes Trump e Zelensky tiveram um bate-boca público durante um evento na Casa Branca. Depois disso, os EUA reduziram o envio de ajuda.

Perguntado sobre a briga entre os líderes, Rubio disse que "isso não é Means Girls, não é um episódio de TV", em referência ao filme chamado no Brasil de "Meninas Malvadas". "Isso é coisa séria. Pessoas vão morrer hoje nesta guerra".

Os anúncios ocorreram em meio a uma reunião na Arábia Saudita, entre representantes da Ucrânia e dos Estados Unidos, para tentar encontrar uma saída para a Guerra da Ucrânia, que já dura três anos.

Em paralelo, nesta terça, houve um ataque massivo de drones da Ucrânia contra Moscou, que envolveu mais de 340 equipamentos. A ação matou três pessoas e feriu 18.

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