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Ucrânia vai propor trégua aérea e marítima com Rússia em reunião amanhã

Delegação ucraniana propõe trégua aérea e marítima como medida inicial para negociações de paz com a Rússia, em encontro com representantes dos EUA

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 10 de março de 2025 às 16h56.

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A delegação ucraniana que se reunirá com representantes dos Estados Unidos na cidade saudita de Jidá na terça-feira vai propor uma trégua aérea e marítima com a Rússia como um primeiro passo concreto para as negociações de paz, antecipou uma fonte do governo da Ucrânia à televisão estatal do país.

A possibilidade de tal trégua foi levantada pela primeira vez em público no domingo pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e, em seguida, retomada pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em um de seus discursos públicos e durante sua participação na reunião extraordinária do Conselho Europeu na quinta-feira passada em Bruxelas.

Este cessar-fogo parcial obrigaria os dois lados a encerrar os ataques aéreos de longo alcance contra o sistema de energia e outras infraestruturas e também excluiria a possibilidade de continuar a guerra no mar. As hostilidades seriam, portanto, limitadas à linha de frente de contato.

Pressão de Trump e negociações com a Rússia

O presidente dos EUA, Donald Trump, pressionou a Ucrânia a demonstrar sua disposição de negociar diretamente com a Rússia para acabar com a guerra. O republicano parou de fornecer armas e informações de inteligência à Ucrânia como forma de pressionar Kiev nesse sentido.

Uma delegação ucraniana liderada pelo chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andre Yermak, está programada para se reunir na terça-feira em Jidá com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e outros emissários de alto escalão do presidente Trump para avançar em direção a contatos diretos entre Kiev e Moscou.

Os emissários de Trump já se reuniram na Arábia Saudita com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e outros representantes do Kremlin, com o mesmo objetivo de pressionar por uma solução negociada para o conflito desencadeado pela invasão russa na Ucrânia há mais de três anos.

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