Mundo

UE considera retirar Farc da lista de grupos terroristas

"Vamos fazer as considerações necessárias tendo em vista a assinatura prevista para a tarde de hoje", disse a porta-voz da Comissão Europeia


	Farc: os integrantes da lista podem ter recursos ou bens financeiros na UE congelados
 (Luis Robayo/AFP)

Farc: os integrantes da lista podem ter recursos ou bens financeiros na UE congelados (Luis Robayo/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2016 às 10h18.

Bruxelas - A União Europeia (<a href="https://exame.com.br/topicos/uniao-europeia"><strong>UE</strong></a>) fará as "considerações necessárias" sobre uma eventual retirada das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (<a href="https://exame.com.br/topicos/farc"><strong>Farc</strong></a>) de sua lista de organizações <a href="https://exame.com.br/topicos/terroristas"><strong>terroristas </strong></a>assim que o acordo de paz firmado entre a guerrilha e o governo <a href="https://exame.com.br/topicos/colombia"><strong>colombiano </strong></a>seja assinado nesta segunda-feira.</p>

"As Farc seguem atualmente na lista de organizações terroristas na Colômbia, mas (a lista) está sempre em revisão. Vamos fazer as considerações necessárias tendo em vista a assinatura prevista para a tarde de hoje", disse a porta-voz da Comissão Europeia, Maja Kocijancic, em sua entrevista coletiva diária.

A relação da UE sobre terrorismo inclui pessoas ou grupos que atuam dentro ou fora do bloco. Ela é revisada regularmente pelo Conselho Europeu, instituição na qual estão representadas os governos dos 28 países-membros, ou, pelo menos, a cada seis meses.

Além da avaliação periódica, o Conselho pode adotar decisões sobre a inclusão ou retirada de nomes da lista a qualquer momento.

Os integrantes da lista podem ter recursos ou bens financeiros na UE congelados. Além disso, podem sofrer com medidas restritivas em relação com a cooperação policial e judicial.

O governo da Colômbia e as Farc conseguiram firmar em agosto um acordo de paz, após quase quatro anos de negociações em Havana. O pacto será assinado hoje em Cartagena de Indias e submetido a um plebiscito para aprovação popular no próximo domingo.

Em sua primeira visita a Bogotá como chefe da diplomacia da UE, a alta representante para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, prometeu uma ajuda de 575 milhões de euros à Colômbia para colaborar com o financiamento do pós-conflito. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaColômbiaEuropaFarcTerroristasUnião Europeia

Mais de Mundo

Trump está '100%' seguro de que alcançará acordo sobre tarifas com UE

Hamas afirma que está pronto para libertar os últimos reféns, mas recusa acordo provisório de trégua

Trump diz que está relutante em continuar aumentando as tarifas sobre a China

Trump diz que 'não tem pressa' para usar a opção militar contra o Irã