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UE vai retirar embargo sobre as armas para oposição síria

A mudança ficará em vigor de sábado até 1º de junho de 2014


	Tanques do Exército sírio se posicionam: o embargo foi retirado a pedido da Grã-Bretanha e da França, apesar da relutância e da oposição de outros 25 países
 (AFP)

Tanques do Exército sírio se posicionam: o embargo foi retirado a pedido da Grã-Bretanha e da França, apesar da relutância e da oposição de outros 25 países (AFP)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2013 às 10h46.

Bruxelas - A União Europeia oficializou nesta sexta-feira a mudança de seu regime de sanções contra a Síria, após a controversa decisão de retirar o embargo sobre as armas para a oposição.

O regime modificado das "medidas restritivas", tomadas progressivamente desde o início do conflito, em 2011, ficará em vigor de sábado até 1º de junho de 2014, anunciou a UE.

Ele inclui "uma série de proibições de importações e exportações como, por exemplo, o embargo ao petróleo, restrições aos investimentos, às atividades financeiras e do setor de transporte", detalhou em um comunicado.

Além disso, 179 pessoas "ligadas à repressão violenta na Síria" continuam sujeitas ao congelamento de bens e proibição de viajar para a UE. O congelamento de bens também atinge 54 entidades, incluindo o Banco Central da Síria.

A única mudança é a supressão do embargo de armas para "a Coalizão Nacional, as forças da revolução e a oposição síria", conforme acordado com os ministros das Relações Exteriores da UE após uma longa reunião sobre o assunto, em Bruxelas.

O embargo foi retirado a pedido da Grã-Bretanha e da França, apesar da relutância e da oposição de outros 25 países, mas ambos disseram que não tinham a intenção de entregar armas "imediatamente".

A possibilidade de fornecimento de armas "só será possível sob condições muito rígidas", considerou nesta sexta-feira Michael Mann, porta-voz de Catherine Ashton, representante para a Política Externa da UE.

O fornecimento estará sujeito a garantias sobre o "destino final" das armas e seus "usuários", na tentativa de impedir que caiam nas mãos de radicais islâmicos.

Os europeus devem reconsiderar a sua posição "até 1º de agosto" para levar em conta qualquer progresso nas negociações de Genebra 2, organizadas por Estados Unidos e Rússia para tentar encontrar uma solução política para o conflito.

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