As discussões eleitorais giram em torno de temas como o preço da eletricidade, o meio ambiente e o futuro da exploração de petróleo e gás (Stanko Gruden / Agence Zoom/Getty Images)
Agência de Notícias
Publicado em 7 de setembro de 2025 às 15h04.
Cerca de um terço dos municípios noruegueses - 118 de 357, incluindo Oslo - abrem os colégios eleitorais neste domingo por algumas horas para votar na véspera do dia oficial das eleições legislativas, na segunda-feira, nas quais o bloco governamental de centro-esquerda é o favorito.
Embora nos meses anteriores as pesquisas parecessem apontar para uma disputa acirrada entre os dois blocos, a centro-esquerda do primeiro-ministro trabalhista, Jonas Gahr Støre, ganhou uma ligeira vantagem que lhe permitiria revalidar a vitória de 2021.
Os últimos estudos de opinião divulgados pela emissora “TV2” e pelo jornal “Aftenposten” mostram um cenário semelhante: vitória do bloco governamental sobre a oposição por mais de dez cadeiras, com os trabalhistas como a principal força, seguidos pelo Partido do Progresso (Frp, de direita xenófoba) e os conservadores.
O Frp chegou a ficar muito perto dos trabalhistas em algumas pesquisas, mas perdeu força na reta final da campanha, embora possa dobrar o resultado de quatro anos atrás e ser a força hegemônica na direita.
Os líderes dos principais partidos realizarão nesta noite o último debate eleitoral televisionado.
Cerca de 47% dos eleitores registrados, um pouco mais de 1,9 milhão, já votaram antecipadamente, 200 mil a mais do que em 2021.
Esse número equivaleria a 61% dos votantes se a participação de quatro anos atrás, que foi de 77,2%, se mantiver.
O peso dessa modalidade de voto tem crescido na Noruega nas últimas décadas e disparou em 2021 devido à pandemia de coronavírus, segundo os especialistas.
A campanha eleitoral foi marcada por temas como os preços elevados, especialmente de alimentos, a política fiscal, o preço da moradia e a possível eliminação do imposto sobre o patrimônio.
Enquanto os trabalhistas defendem a manutenção dos impostos no nível atual, alguns de seus parceiros defendem o aumento para as rendas mais altas, e a direita promete reduções generalizadas, além de eliminar o imposto sobre o patrimônio.
As discussões também giraram em torno de temas como o preço da eletricidade, o meio ambiente e o futuro da exploração de petróleo e gás no principal exportador de petróleo bruto da Europa Ocidental.
Os partidos mais à esquerda defendem um desmantelamento progressivo da atividade petrolífera, enquanto os trabalhistas apostam em mantê-la, mas reduzindo as emissões, e os conservadores e progressistas querem estudar sua abertura a outras zonas.
A política migratória, a saúde, a segurança e a relação com a União Europeia (UE) - da qual a Noruega não faz parte, embora faça parte do Espaço Econômico Europeu (EEE) - também tiveram peso na campanha.