Agência de notícias
Publicado em 20 de outubro de 2025 às 08h52.
A maioria dos Estados-membros da União Europeia (UE) aprovou nesta segunda-feira, 20, a proibição de importação de gás natural russo para o bloco a partir do final de 2027, durante uma reunião dos ministros da Energia organizada em Luxemburgo.
Com a interrupção do fornecimento, exigida há muito tempo por Washington e Kiev, a UE pretende cortar uma importante fonte de financiamento da guerra que a Rússia trava na Ucrânia.
A medida foi proposta em maio pela Comissão Europeia, o Executivo da UE, e deverá ser negociada a partir de agora com o Parlamento Europeu.
A Dinamarca, que exerce a presidência rotativa da UE até o final do ano, espera alcançar uma aprovação definitiva antes de 2026.
Eslováquia e Hungria, países sem acesso ao mar e muito dependentes dos hidrocarbonetos russos, são contrários à proibição, mas ficaram em minoria.
A UE tenta interromper a importação de combustíveis russos desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Embora tenha paralisado quase completamente a importação de petróleo, o bloco mantém uma dependência significativa de Moscou para o fornecimento de gás natural. Em 2024, as importações de gás russo representaram 19% do total da UE, contra 45% em 2021.
Para acelerar o processo, a Comissão Europeia propôs aos Estados-membros interromper completamente as importações de gás russo até o final de 2027.
Em setembro, propôs antecipar a data para o final de 2026 para o gás natural liquefeito (GNL), mas a nova medida não estava na agenda da reunião ministerial desta segunda-feira.
No Parlamento Europeu, a vontade é ir mais longe. As comissões de Indústria e Comércio aprovaram na quinta-feira um texto que visa proibir todas as importações de gás russo a partir de 1º de janeiro de 2026, com algumas exceções.