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União Europeia prorroga suspensão de tarifas de represália contra EUA

Decisão ocorre em meio à tentativa de evitar a aplicação de novas sanções comerciais por parte do governo de Donald Trump

Ursula von der Leyen: Estados Unidos enviaram uma notificação com medidas que entrarão em vigor caso não haja acordo (Vyacheslav Oseledko/AFP)

Ursula von der Leyen: Estados Unidos enviaram uma notificação com medidas que entrarão em vigor caso não haja acordo (Vyacheslav Oseledko/AFP)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 13 de julho de 2025 às 10h56.

A União Europeia vai estender a suspensão das tarifas de retaliação contra os Estados Unidos até o início de agosto, em meio à tentativa de evitar a aplicação de novas sanções comerciais por parte do governo americano.

O anúncio foi feito neste domingo, 13, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Segundo ela, os Estados Unidos enviaram uma notificação com medidas que entrarão em vigor caso não haja acordo. “Portanto, também estenderemos a suspensão de nossas contramedidas até o início de agosto”, afirmou.

As tarifas retaliatórias da UE, aplicadas sobre o aço e o alumínio americanos, expirariam na segunda-feira, 14. A decisão de prorrogar o prazo ocorre um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, declarar a imposição de tarifas de 30% sobre produtos da União Europeia e do México, a partir de 1º de agosto.

A resposta europeia veio por meio da chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, que afirmou que o bloco tem ‘as ferramentas’ para reagir, caso as tarifas anunciadas por Trump entrem em vigor. “A UE sempre buscou uma solução negociada. Mas, se necessário, também dispõe de ferramentas para defender seus interesses”, disse ela ao jornal francês Tribune Dimanche.

A escalada nas tensões comerciais reacende temores em setores estratégicos da economia europeia. As novas tarifas devem atingir setores como automóveis, medicamentos, aeronaves e até produtos como vinho, com potencial de impacto sobre as exportações do bloco.

A crise tarifária marca mais um capítulo das negociações tensas entre Washington e Bruxelas, que já enfrentaram disputas semelhantes durante o primeiro mandato de Trump, especialmente entre 2018 e 2020.

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