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Uribe denuncia parcialidade de juíza que o condenou e pede investigação internacional

Uribe pediu a palavra para argumentar a seu favor após lerem a sentença contra ele pelos crimes de fraude processual e suborno em processos criminais

Álvaro Uribe: "essa é uma sentença com determinantes políticos e tendenciosos" (NurPhoto /Getty Images)

Álvaro Uribe: "essa é uma sentença com determinantes políticos e tendenciosos" (NurPhoto /Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 2 de agosto de 2025 às 11h25.

O ex-presidente colombiano Álvaro Uribe (2002-2010) afirmou nesta sexta-feira, 1, que o julgamento no qual foi condenado a 12 anos de prisão domiciliar foi tendencioso e disse que a justiça colombiana e internacional terá que examinar as ações da juíza Sandra Heredia, a quem também acusou de desrespeitar sua família.

"Esses desvios de temperamento, essa intemperança contra a defesa, contra minha família, contra mim, mostram que houve parcialidade aqui e isso deve ser considerado pelo sistema de justiça nacional, pelos órgãos competentes e pelo sistema de justiça internacional", argumentou.

Uribe pediu a palavra para argumentar a seu favor depois que Heredia, juíza da 44ª Vara Criminal do Circuito de Bogotá, leu a sentença contra ele pelos crimes de fraude processual e suborno em processos criminais.

Essa é uma sentença que abusa, que excede o legal, uma sentença que vai contra as normas legais, contra a ética, contra a moral", disse o ex-presidente, de 73 anos, que enfatizou: "Essa é uma sentença com determinantes políticos e tendenciosos".

O ex-mandatário e fundador do partido de direita Centro Democrático, de oposição ao presidente colombiano Gustavo Petro, insistiu que havia um "discurso político" para condená-lo na última segunda-feira, quando o juiz leu a sentença que o considerou culpado de dois crimes e o absolveu de suborno simples em um caso que o coloca contra o senador esquerdista Iván Cepeda.

Argumento de condenação sem provas

Tudo isso faz parte de um processo que o próprio Uribe iniciou em 2012, quando processou Cepeda, que na época preparava uma denúncia no Senado contra ele por suas supostas ligações com os paramilitares, perante a Suprema Corte de Justiça por suposta manipulação de testemunhas.

No entanto, o magistrado do caso não apenas rejeitou a denúncia, mas ordenou uma investigação contra o ex-presidente por tentar "comprar" falsas testemunhas nas prisões, por meio do advogado Diego Cadena, com quem mantinha contato, para que testemunhassem contra Cepeda.

"Não há uma única prova que sustente essa decisão política que me condena", disse Uribe, que contestou o argumento da promotoria, aceito pelo juiz, de que foi ele quem enviou Cadena para encontrar testemunhas contra Cepeda entre os ex-paramilitares presos.

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