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Usina de Sendai tem falha que pode atrasar provisão elétrica

Na quinta-feira foi ativado o alerta de nível mínimo no sistema de transmissão de eletricidade da usina devido a um problema no ciclo de água do reator nuclear


	Usina nuclear de Sendai: companhia iniciou uma revisão do sistema, o que poderia causar um atraso de até uma semana no início das operações comerciais
 (Mari Saito/Reuters)

Usina nuclear de Sendai: companhia iniciou uma revisão do sistema, o que poderia causar um atraso de até uma semana no início das operações comerciais (Mari Saito/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2015 às 08h36.

Tóquio - A usina atômica de Sendai, a primeira que voltou a funcionar no Japão após dois anos de blecaute nuclear, sofreu uma falha que pode atrasar sua provisão comercial de eletricidade, informou nesta sexta-feira a companhia operadora.

Na quinta-feira foi ativado o alerta de nível mínimo no sistema de transmissão de eletricidade da usina devido a um problema no ciclo de água do reator, o que obrigou a companhia a conter a produção elétrica do mesmo, afirmou a Kyushu Electric em comunicado.

Concretamente, se detectou um nível de sal superior ao normal no condensador termodinâmico da central, o que poderia indicar que entrou água marinha em dito sistema, acrescentou a Kyushu Electric, que detalhou o problema "não deu lugar a que o vapor emanado do reator nem o ciclo de água fiquem contaminados por radioatividade".

Por causa da falha, a companhia iniciou uma revisão do sistema, o que poderia causar um atraso de até uma semana no início das operações comerciais da usina, previstas para meados de setembro.

"Não se pode descartar uma demora, porque a revisão começou hoje e pode estender-se durante uma semana", declarou um porta-voz da Kyushu Electric à Agência Efe.

A usina de Sendai foi reativada no último dia 11 e no dia 14 começou a gerar eletricidade, com o que se transformou na primeira a operar no país asiático após um blecaute nuclear de dois anos e na primeira que funciona com novos padrões de segurança aprovados após o desastre de Fukushima.

A reativação de Sendai, no sudoeste do país, foi possível graças ao impulso do governo japonês, que defende a necessidade de retomar a energia nuclear para estimular o crescimento, e apesar da maioria dos japoneses rejeitar a medida por medo de que se repita um desastre como o de Fukushima em 2011.

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