Mundo

Valls reconhece erro, mas nega um Guantánamo "à francesa"

A afirmação se relaciona à decisão judicial de libertar um dos autores do atentado em uma igreja e de submetê-lo à vigilância eletrônica


	Manuel Valls: Valls disse estar aberto a toda proposta de melhora em matéria antiterrorista
 (Stephane de Sakutin/AFP)

Manuel Valls: Valls disse estar aberto a toda proposta de melhora em matéria antiterrorista (Stephane de Sakutin/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2016 às 09h10.

Paris - O primeiro-ministro da França, Manuel Valls, reconheceu nesta sexta-feira que a decisão judicial de libertar um dos dois autores do atentado contra uma igreja na França e de submetê-lo à vigilância eletrônica foi um erro, mas rejeitou que sua luta contra o terrorismo chegue a criar um Guantánamo "à francesa".

"Foi um erro, é preciso reconhecer (...) Mas não vai ser eu quem, desprezando todo equilíbrio de poderes, vai cair na via fácil de culpar os juízes desse ato terrorista. Cada decisão é de uma grande complexidade", afirma em uma longa entrevista ao jornal "Le Monde".

O reconhecimento desse erro se produz em relação com Adel Kermiche, morto pela Polícia na terça-feira passada junto com Abel Malik Petitjean, após ter assassinado um padre que estava rezando uma missa na paróquia de Saint-Étienne du Rouvray, nos arredores de Ruán (noroeste).

Valls disse estar aberto a toda proposta de melhora em matéria antiterrorista, sempre e quando não limite o Estado de direito: "Prender indivíduos em centros com a suspeita como única base é moral e juridicamente inaceitável. Por outro lado, não seria eficaz. meu governo não acredita um Guantánamo à francesa", concluiu. 

Acompanhe tudo sobre:EuropaFrançaPaíses ricosPrisõesTerrorismo

Mais de Mundo

Japão busca a possibilidade de um acordo comercial com os EUA às vésperas da reunião de cúpula do G7

MP da Venezuela solicita nova ordem de captura contra opositor Juan Guaidó

Exército israelense relata "vários projéteis caídos" em Israel após terceiro ataque do Irã

Irã afirma que instalações nucleares foram atingidas por ataques israelenses, mas minimiza danos