Mundo

Venezuela diz que maioria dos mortos não participava dos atos

O ministro afirmou que entre os mortos, que segundo o Ministério Público são 58, "há militantes chavistas, vítimas de barricadas e de ataques fascistas"

Venezuela: o ministro venezuelano citou o caso do jovem Paúl Moreno, que morreu atropelado durante protesto (Marco Bello/Reuters)

Venezuela: o ministro venezuelano citou o caso do jovem Paúl Moreno, que morreu atropelado durante protesto (Marco Bello/Reuters)

E

EFE

Publicado em 26 de maio de 2017 às 16h19.

Caracas - O ministro de Comunicação e Informação da Venezuela, Ernesto Villegas, assegurou nesta sexta-feira que a maioria das vítimas mortais registradas durante a atual onda de protestos no país não fazia parte dessas manifestações, que acontecem desde o último dia 1º de abril contra o governo de Nicolás Maduro.

"Os resultados preliminares mostram que afligida maioria de falecidos não estava se manifestando contra o governo", escreveu o ministro em sua conta no Twitter, onde publicou várias mensagens a respeito.

Villegas afirmou que entre os mortos, que segundo o Ministério Público são 58, "há militantes chavistas, uniformizados, vítimas de barricadas e de ataques fascistas cujas mortes são usadas para favorecer os culpados".

O ministro venezuelano citou o caso do jovem Paúl Moreno, que morreu atropelado durante uma manifestação antigovernamental no estado de Zulia, e criticou dirigentes opositores, como o ex-candidato presidencial Henrique Capriles, por ter vinculado o chefe de Estado com este incidente.

Villegas explicou que a caminhonete envolvida no caso foi achada e seu condutor, que, segundo afirmou, não tem relação com o governo, já se entregou às autoridades em Maracaibo, segunda maior cidade do país e capital de Zulia.

"Estes tipos de acusações temerárias são recorrentes em políticos e meios de comunicação frente aos efeitos de violência que eles mesmos encorajam (...). Culpar automática e temerariamente o governo por violência planejada faz parte do roteiro para propiciar uma intervenção estrangeira", acrescentou.

Em reiteradas ocasiões, o governo culpou a aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) pela violência nos protestos e qualificou seus dirigentes como "terroristas".

Por sua parte, a procuradora-geral, Luisa Ortega Díaz, informou na quarta-feira que 19 funcionários policiais e militares foram indiciados por delitos relacionados com a contenção dos protestos e que outras 18 ordens de captura contra agentes estão pendentes de execução.

Acompanhe tudo sobre:MortesNicolás MaduroProtestos no mundoVenezuela

Mais de Mundo

Após ataques, Irã só terá força para lutar guerras 'de série B', diz especialista

Trump mantém pressão na cúpula da Otan, que ratificará sua demanda de gastos

Israel promete manter cessar-fogo enquanto houver reciprocidade por parte do Irã

Bill Gates critica cortes dos EUA na ajuda global durante governo Trump