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Venezuela e Brasil pedem fim 'imediato' de 'agressões' dos EUA, diz chanceler venezuelano

Representante do governo Maduro afirmou que se trata de uma "ameaça nunca antes vista" na região

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 27 de agosto de 2025 às 21h03.

Última atualização em 27 de agosto de 2025 às 21h03.

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Venezuela e Brasil defendem o fim "imediato" das "agressões" dos Estados Unidos contra a América Latina e o Caribe, disse nesta quarta-feira o chanceler venezuelano, Yván Gil, após uma conversa telefônica com o chefe do Itamaraty, Mauro Vieira.

Em redes sociais, Gil afirmou que expôs "em detalhes" durante a conversa "os planos de agressão que a Venezuela e toda a América Latina e o Caribe enfrentam, com a presença de navios militares e até mesmo um submarino nuclear" enviados pelos EUA, segundo alega o governo do presidente Nicolás Maduro.

Gil afirmou que se trata de uma "ameaça nunca antes vista" na região e de uma "aberta violação da zona de paz proclamada pela Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) em 2014 e do Tratado de Tlatelolco de 1967".

"Concordamos que essas agressões devem ser detidas de imediato", afirmou.

Por sua vez, Vieira, segundo o chanceler venezuelano, expôs "a situação que o Brasil enfrenta diante de medidas e guerras tarifárias aplicadas com fins políticos", em referência à crise desencadeada pelas duras sanções impostas pelo governo de Donald Trump, cujas tarifas de 50% sobre parte de produtos brasileiros estão em vigor desde o último dia 6.

Trump sancionou o Brasil alegadamente em retaliação a uma "caça às bruxas" contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que será julgado a partir de 2 de setembro no Supremo Tribunal Federal (STF) por uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Para o ministro venezuelano, os EUA exercem "uma forma de agressão injustificada que também não contribui para o espírito de paz e cooperação".

Caracas também vive um novo episódio de tensão com os EUA, que disseram estar preparados para "usar todo o seu poder" para frear o "fluxo de drogas" para seu território, o que inclui o envio de navios de guerra para águas próximas à Venezuela.

O governo Trump também duplicou para US$ 50 milhões a recompensa por informações que levem à captura de Maduro, a quem acusa de "violar as leis dos Estados Unidos sobre narcóticos".

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