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Venezuela quer normalizar relações com os EUA

Governo de Nicolás Maduro definiu como objetivo da política externa venezuelana a normalização das relações diplomáticas com os Estados Unidos


	Maduro: restabelecimento de relações com os EUA depende de "'respeito mútuo" e da cessação da "ingerência" americana em assuntos venezuelanos
 (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Maduro: restabelecimento de relações com os EUA depende de "'respeito mútuo" e da cessação da "ingerência" americana em assuntos venezuelanos (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2013 às 17h47.

Caracas - O Governo de Nicolás Maduro definiu como objetivo da política externa venezuelana a normalização das relações diplomáticas com os Estados Unidos, disse neste domingo o ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua.

Jaua assinalou à emissora local 'Televen' que o Executivo de Maduro marcou esse objetivo 'como garantia de paz', mas ressaltou que isso depende de 'respeito mútuo' e da cessação da 'ingerência' americana em seus assuntos internos.

Para avançar nessa meta, o ministro disse que também haverá aproximação com outros setores da sociedade americana.

As relações se encontram em um de seus pontos mais baixos devido a contínuos incidentes diplomáticos, gerados principalmente por declarações de funcionários de diferentes categorias, o que mantém sem embaixadores desde 2010 as respectivas embaixadas em Caracas e Washington.

As diferenças entre os dois países não afetaram a posição dos EUA como o principal parceiro comercial da Venezuela, que vende aos americanos cerca de 1,5 milhão dos 2,5 milhões de barris de petróleo que exporta todos os dias.

'Nos interessa seguir aprofundando e cultivando uma relação de amizade com esse grande povo americano', e para isso Maduro designou em 23 de abril o deputado governista Calixto Ortega como o encarregado de contatos com a sociedade americana, acrescentou Jaua.

O presidente venezuelano indicou nesse dia que Ortega terá a missão de 'aumentar o diálogo com a sociedade americana', com o mundo acadêmico, social e sindical, com a comunidade afro-americana e latina, com senadores e deputados e, por fim, com os setores econômicos e sociais.

'Os EUA não são só o Governo, mas também os atores econômicos, sociais, políticos, parlamentares, governadores, movimentos sociais e religiosos, e Calixto Ortega conseguiu estabelecer um conjunto de relações' com eles, finalizou.

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