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Venezuela sugere que EUA financiam desestabilização da Nicarágua

Secretária da missão da Venezuela na OEA disse que a "desestabilização da Nicarágua" tem "financiamento exterior"

Nicarágua: desde abril, o país é palco de protestos contra o governo do presidente Daniel Ortega, cuja repressão causou 351 mortos (Jorge Cabrera/Reuters)

Nicarágua: desde abril, o país é palco de protestos contra o governo do presidente Daniel Ortega, cuja repressão causou 351 mortos (Jorge Cabrera/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de julho de 2018 às 20h30.

Última atualização em 13 de julho de 2018 às 20h30.

Washington - A representante da Venezuela na Organização dos Estados Americanos (OEA), Sara Lambertini, afirmou nesta sexta-feira que, "sem o dinheiro dos Estados Unidos, a violência acaba na Nicarágua".

Lambertini, segunda secretária da missão da Venezuela na OEA, fez estas declarações durante uma sessão extraordinária do Conselho Permanente do organismo, com sede em Washington, realizada a pedido de Argentina, Canadá, Chile, Estados Unidos e Peru.

A representante venezuelana fez menção a uma audiência realizada nesta quinta-feira na Câmara de Representantes dos EUA, da qual participou o embaixador americano da OEA, Carlos Trujillo, e onde, segundo assegurou Lambertini, se pôde entender "o verdadeiro plano" para a Nicarágua.

A funcionária indicou que, durante essa audiência, Trujillo assinalou o governo da Nicarágua como culpado da crise, ditou medidas coercitivas contra o Executivo e disse que a solução era mudar de gabinete, algo "contrário à Constituição".

De acordo com a representante venezuelana, isto demonstra "o financiamento exterior da desestabilização da Nicarágua".

Tanto a Venezuela como a Nicarágua mostraram hoje suas reservas com a realização da sessão extraordinária da OEA.

Desde abril, a Nicarágua é palco de protestos contra o governo do presidente Daniel Ortega, cuja repressão causou 351 mortos desde o último dia 18 de abril, segundo dados dos organismos humanitários.

Os protestos contra Ortega e contra sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, começaram contra reformas fracassadas da seguridade social e se transformaram em um movimento que pede a renúncia do presidente, depois de 11 anos no poder, com acusações de abuso de poder e corrupção em suas costas.

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