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Vice-ministro japonês renuncia após ser acusado de assediar jornalistas

Ao anunciar a renúncia, o ministro de Finanças afirmou que Junichi Fukuda assediou sexualmente várias jornalistas e alguns episódios foram gravados

Junichi Fukuda: o Ministério de Finanças japonês afirmou que continuará investigando as acusações (Mandatory credit Kyodo/Reuters)

Junichi Fukuda: o Ministério de Finanças japonês afirmou que continuará investigando as acusações (Mandatory credit Kyodo/Reuters)

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EFE

Publicado em 18 de abril de 2018 às 10h11.

Tóquio - O vice-ministro japonês de Finanças Junichi Fukuda renunciou nesta quarta-feira após ser acusado de assédio sexual por várias jornalistas, no primeiro caso deste tipo no Japão após o surgimento do movimento #MeToo.

A demissão foi anunciada hoje pelo ministro do departamento, Tao Aso, depois que no mês passado o jornal "The Shukan Shincho" publicou que Fukuda, de 58 anos, fez sugestões sexuais, algumas delas gravadas, a várias jornalistas, cujas identidades não foram reveladas.

O Ministério de Finanças assegurou, em um comunicado, que continuará investigando as acusações através de uma firma jurídica externa, já que o caso estava sendo tratado de maneira interna por subordinados do próprio vice-ministro, que negou os fatos.

Fukuda, que é acusado de pedir às mulheres um abraço e tocar em seus peitos e inclusive que se fossem com ele a um hotel, assegurou hoje em declarações à imprensa local que tinha decidido demitir para "limpar o seu nome".

O ministro de Finanças, que tinha apoiado até agora o político, chegou a pedir às mulheres supostamente vítimas de assédio que revelassem a identidade e levassem o caso à Justiça para ser credível, o que suscitou uma forte polêmica.

Fukuda negou na segunda-feira passada que tivesse intenção de deixar o Governo.

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