Agência de notícias
Publicado em 22 de outubro de 2025 às 09h44.
O vice-presidente americano, JD Vance, fez um alerta nesta quarta-feira, 22, sobre o desafio de desarmar o Hamas e reconstruir Gaza, como parte do cessar-fogo promovido por Washington entre Israel e o movimento islamista palestino.
" Temos uma tarefa muito difícil pela frente: desarmar o Hamas e reconstruir Gaza, para melhorar a vida da população de Gaza, mas também para garantir que o Hamas não represente mais uma ameaça para nossos amigos em Israel", afirmou Vance.
As declarações foram dadas durante uma entrevista coletiva ao lado do primeiro-ministro israelense,JD VanceJD VanceJD VanceJD Vance, em Jerusalém.
A visita tem como objetivo reforçar o apoio ao cessar-fogo e aos planos de reconstrução negociados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.Durante entrevista na terça-feira, na cidade de Kiryat Gat, no sul de Israel, Vance expressou “grande otimismo” sobre a manutenção da trégua, apesar da violência registrada no fim de semana.
O vice-presidente afirmou que será estabelecido um prazo para o desarmamento do Hamas, embora Israel suspeite que o grupo tenha aproveitado a pausa nos combates para se reestruturar em Gaza.
Netanyahu disse que foram discutidas ideias para “o dia seguinte”. " Estamos criando um dia seguinte incrível, com uma visão completamente nova de como estabelecer um governo civil, como garantir a segurança e quem poderia fornecê-la", declarou.
" Não será fácil, mas é possível. Estamos realmente criando um plano de paz e uma infraestrutura aqui, onde não existia nada há apenas uma semana e um dia", acrescentou o premiê israelense.
Vance afirmou que o acordo sobre Gaza também pode abrir caminho para alianças mais amplas para Israel no Oriente Médio. "Acredito que o acordo sobre Gaza é fundamental para desbloquear os Acordos de Abraão", disse ele, em referência aos pactos de normalização firmados em 2020 entre Israel e países árabes como os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Marrocos.
" O que poderia permitir é uma estrutura de aliança no Oriente Médio que perdure e permita às pessoas de bem desta região assumir a responsabilidade por seu próprio território", completou Vance.
O governo americano pretende reativar os Acordos de Abraão, concluídos durante o primeiro mandato de Trump, como parte de uma nova estratégia de estabilidade regional.