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Vulcão na Etiópia entra em erupção pela 1ª vez após quase 12 mil anos

Autoridades locais informaram que não houve registro de vítimas

Vulcão na Etiópia entrou em erupção após um período de inatividade estimado em quase 12 mil anos (X/Reprodução)

Vulcão na Etiópia entrou em erupção após um período de inatividade estimado em quase 12 mil anos (X/Reprodução)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 24 de novembro de 2025 às 16h23.

Última atualização em 24 de novembro de 2025 às 17h09.

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Um vulcão na Etiópia entrou em erupção neste domingo, 23, após um período de inatividade estimado em quase 12 mil anos.

O Hayli Gubbi lançou colunas densas de cinzas que alcançaram 14 quilômetros de altura na região nordeste do país, segundo o Centro de Observação de Cinzas Vulcânicas de Toulouse (VAAC). A nuvem se deslocou pelo mar Vermelho, atingindo áreas do Iêmen e de Omã.

Situado na região de Afar, próximo à fronteira com a Eritreia e a cerca de 800 quilômetros da capital Adis Abeba, o vulcão permaneceu ativo por várias horas, de acordo com autoridades locais. Não houve registro de vítimas, informou Mohammed Seid, representante do governo regional, que alertou para possíveis impactos na subsistência de comunidades agropecuárias da região.

"Embora nenhuma vida humana ou animal tenha sido perdida até agora, muitas aldeias foram cobertas por cinzas e, como resultado, seus animais têm pouco o que comer", explicou.

Segundo Seid, não há registros históricos anteriores de atividade vulcânica no Hayli Gubbi. O vulcão está localizado no Vale do Rift, zona de encontro de placas tectônicas e intensa atividade geológica. O VAAC comunicou que a nuvem de cinzas se espalhou também por partes do norte do Paquistão, Índia, Iêmen e Omã.

"Parecia que uma bomba repentina havia sido lançada, com fumaça e cinzas", disse.

A região de Afar é considerada propensa a abalos sísmicos. Um morador local, Ahmed Abdela, relatou ter ouvido um estrondo e sentido uma onda de choque. Imagens compartilhadas nas redes sociais, ainda não verificadas pela AFP, mostravam uma coluna de fumaça branca se elevando do local da erupção.

O Programa Global de Vulcanismo da Instituição Smithsonian confirmou a ausência de registros de erupções do Hayli Gubbi durante o Holoceno, período iniciado há cerca de 12 mil anos. A informação foi reiterada pelo vulcanólogo Simon Carn, da Universidade Tecnológica de Michigan, na plataforma Bluesky.

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