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Xi Jinping conversa com Putin por telefone e diz que país vê 'esforços positivos' para fim da guerra

Ligação ocorreu nesta segunda-feira e presidente russo respondeu que está comprometido em 'eliminar as causas profundas do conflito'

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 24 de fevereiro de 2025 às 08h17.

O presidente chinês, Xi Jinping, conversou por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, nesta segunda-feira, 24 e disse que estava "feliz" em ver que a Rússia e outras partes estavam fazendo "esforços positivos" para acabar com a guerra na Ucrânia.

"A China está feliz em ver que a Rússia e as partes relevantes estão fazendo esforços positivos para apaziguar esta crise", disse Xi, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua, que ocorre no terceiro aniversário da guerra na Ucrânia.

Xi também disse que os laços China-Rússia têm uma "forte força motriz interna" e um "valor estratégico único", e que ambos os países são "dois bons vizinhos" e "verdadeiros amigos" que se apoiam na busca do "desenvolvimento comum".

O presidente chinês acrescentou que o relacionamento bilateral "não é direcionado contra terceiros nem será influenciado por ninguém", enfatizando que os laços continuarão a se desenvolver "suavemente" e "ajudarão no desenvolvimento mútuo, injetando estabilidade e energia positiva nas relações internacionais".

Putin, por sua vez, disse, segundo a Xinhua, que está comprometido em "eliminar as causas profundas do conflito" entre a Rússia e a Ucrânia para "alcançar uma solução de paz sustentável e duradoura".

A China acolheu com satisfação as negociações entre Putin e o presidente dos EUA, Donald Trump, para negociar uma solução para a guerra na Ucrânia, um processo no qual Pequim quer desempenhar "um papel construtivo", segundo seus porta-vozes, mantendo a comunicação "com todas as partes".

Nas últimas semanas, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse que a posição da China sobre o conflito tem sido "racional" e que Pequim quer ajudar a "estabelecer uma estrutura de segurança para a Europa".

Desde o início da guerra na Ucrânia, a China tem mantido uma posição ambígua sobre o conflito, pedindo respeito à "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e atenção às "preocupações legítimas de todos" os estados, em referência à Rússia.

Pequim se opôs a sanções "unilaterais" contra Moscou e pediu uma solução política. No entanto, o Ocidente acusou a China de apoiar a campanha militar russa, algo que sempre negou, e de fornecer a Putin componentes-chave de que ele precisa para produzir armas.

Nos últimos três anos, os países europeus têm repetidamente pedido a Xi que use sua influência com Putin para pôr fim ao conflito, embora alguns digam que a China priorizou o fortalecimento de suas relações com a Rússia, da qual vem importando petróleo e gás mais baratos.

No entanto, a China enviou representantes diplomáticos à região e apresentou iniciativas de paz que sempre tiveram uma recepção morna no Ocidente, como o plano que elaborou no ano passado em conjunto com o Brasil, que não incluía a retirada das tropas russas e foi rejeitado por Kiev.

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