Mundo

Yanukovytch pediu ajuda militar, diz embaixador russo na ONU

Ao entrar na reunião, o embaixador russo na ONU, Vitali Churkin, disse que iria "explicar em detalhe a posição da Federação Russa" a respeito da crise


	Conselho de Segurança da ONU: segundo embaixador russo, o presidente deposto Yanukovytch pediu a Putin ajuda militar de Moscou "para defender o povo ucraniano"
 (AFP)

Conselho de Segurança da ONU: segundo embaixador russo, o presidente deposto Yanukovytch pediu a Putin ajuda militar de Moscou "para defender o povo ucraniano" (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de março de 2014 às 19h08.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas começou nesta segunda-feira uma nova reunião de urgência sobre a crise na Ucrânia, o terceiro encontro desse tipo em quatro dias.

A reunião foi convocada a pedido da Rússia.

Ao entrar na reunião, o embaixador russo na ONU, Vitali Churkin, disse que iria "explicar em detalhe a posição da Federação Russa" a respeito da crise.

Segundo o embaixador russo, o presidente deposto na Ucrânia, Viktor Yanukovytch, pediu ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, a ajuda militar de Moscou "para defender o povo ucraniano".

Em pronunciamento no Conselho, Churkin citou uma "mensagem" nesse sentido, dirigida a Putin, na qual Yanukovytch afirmava que "a Ucrânia está à beira da guerra civil". Segundo o então presidente, isso exigia a colaboração russa.

O diplomata francês no órgão, Gérard Araud, disse esperar que Churkin "traga uma boa notícia, ou seja, a retirada das Forças Armadas russas para suas bases" na Crimeia.

No sábado, uma reunião dos embaixadores dos 15 países-membros do Conselho terminou com uma grande divergência entre os países ocidentais e a Rússia. Washington e Londres continuam pedindo a Moscou que retire seus esforços militares da Crimeia.

A reunião de sábado também mostrou as diferenças em relação ao procedimento, já que a Rússia rejeita as consultas para tornar públicas as sessões e se opõe à presença do representante ucraniano na ONU.

Segundo fontes diplomáticas do Conselho, a Rússia se "viu surpreendida no sábado e quer dar sua visão dos fatos, sobretudo, à medida que os fatos degeneram no terreno".

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, denunciou nesta segunda, em Genebra, as ameaças de "sanções" e de "boicote", após as ações da Rússia na Ucrânia, já que os países ocidentais tentam privar Moscou de seu lugar no G-8. Lavrov acusou o novo governo ucraniano de querer atacar as minorias e defendeu a criação de grupos de autodefesa para "proteger as populações" russas e russófonas.

Segundo os guardas da fronteira ucraniana, os militares russos continuam chegando em massa à Crimeia, violando, desse modo, acordos internacionais.

No último sábado, o Parlamento russo deu sinal verde às Forças Armadas do país para intervir na Ucrânia.

Acompanhe tudo sobre:Conselho de Segurança da ONUCrises em empresasONUUcrânia

Mais de Mundo

Zelensky autoriza recrutamento de pessoas com mais de 60 anos para o Exército

Governo Trump anuncia revogação de política climática dos EUA

Trump diz que reunião com Xi Jinping pode acontecer 'antes do fim do ano'

Reino Unido reconhecerá Estado palestino em setembro se Israel não decretar cessar-fogo