Agência de notícias
Publicado em 29 de julho de 2025 às 17h47.
Última atualização em 29 de julho de 2025 às 18h07.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou uma lei nesta terça-feira, 29, que autoriza o recrutamento de pessoas com mais de 60 anos para o Exército, em meio à invasão russa que Kiev enfrenta dificuldades para atrair novos recrutas.
Essa medida permite que voluntários com mais de 60 anos sirvam em funções não combatentes, desde que sejam aprovados em um exame médico e pelas autoridades militares, de acordo com o texto legal publicado no site do parlamento.
Cada um desses recrutas deve passar por um período probatório de dois meses para determinar sua aptidão. A nova lei não estabelece uma idade máxima para servir no Exército ucraniano. A Ucrânia enfrenta uma grave escassez de tropas há meses e está sujeita a ataques russos cada vez mais frequentes no leste, além da abertura de novas frentes, como na região de Sumi (norte).
As autoridades tentaram diversas estratégias para atrair novos recrutas, como a redução da idade mínima para o recrutamento obrigatório de 27 para 25 anos em abril de 2024, ou o lançamento de um contrato com incentivos financeiros voltado para jovens entre 18 e 24 anos, que não obteve o sucesso esperado.
Marcado por escândalos, o atual sistema de recrutamento é considerado injusto, corrupto e ineficaz por muitos ucranianos. Devido à lei marcial, homens adultos estão proibidos de deixar o país, exceto em casos excepcionais.
Alguns evitam os centros urbanos para não serem recrutados à força nas ruas ou pagam quantias consideráveis para fugir do país, às vezes arriscando sua vida.