Mundo

Zona "oficial" de prostituição em Roma começa em abril

A polícia será instruída a aplicar multas de até 500 euros a prostitutas que exercerem o ofício fora da área autorizada

Prostitutas vão às ruas em Pádua, na Itália, em 16 de maio de 2007, para protestar contra multa aplicada a clientes pegos no ato
 (STR/AFP)

Prostitutas vão às ruas em Pádua, na Itália, em 16 de maio de 2007, para protestar contra multa aplicada a clientes pegos no ato (STR/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2015 às 15h15.

Roma - As autoridades municipais de Roma aprovaram um plano para estabelecer uma zona da capital, onde a prostituição será oficialmente tolerada a partir de abril, disseram fontes da prefeitura neste sábado.

O prefeito de Roma, Ignazio Marino, de centro-esquerda, deu sinal verde na sexta-feira à noite para realizar o experimento no bairro financeiro de Eur, ao sul do centro histórico da capital.

A polícia será instruída a aplicar multas de até 500 euros a prostitutas que exercerem o ofício fora da área autorizada. A região será mantida sob vigilância para evitar abusos, ou exploração de mulheres. Se o projeto for bem-sucedido, a Câmara Municipal poderá estabelecer até três "zonas vermelhas" similares e separadas, na capital.

A iniciativa provocou sérias objeções e críticas por parte da oposição de centro-direita na Câmara, de representantes da Igreja Católica e até de alguns membros do Partido Democrata (PD) do prefeito Marino.

O diretor da organização católica Caritas, Enrico Feroci, classificou a iniciativa de moralmente equivocada.

"A prostituição sempre implica uma exploração humana. Tentar regularizá-la, ou tolerá-la será, portanto, sempre um erro", defendeu.

Existem hoje na Itália entre 70 mil e 100 mil prostitutas, segundo estimativas oficiais e de institutos de pesquisa. Metade é estrangeira, e dois terços trabalham nas ruas.

A lei não proíbe o comércio de sexo, mas manter e administrar um prostíbulo é ilegal.

Acompanhe tudo sobre:EuropaItáliaPaíses ricosPiigsPolíticaProstitutas

Mais de Mundo

Quem é Friedrich Merz, novo chanceler da Alemanha que quer independência dos EUA

Hamas diz que não vai retomar negociação com Israel até que país solte detentos palestinos

Guerra na Ucrânia completa três anos e Zelensky elogia 'heroísmo' da população

Principal alvo das tarifas sobre metais é a China, diz ex-assessora de comércio da Casa Branca