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Zuma defende intervenção policial em massacre de mineiros

O presidente alertou sobre os eventuais danos econômicos provocados pelas greves

Zuma discursa no congresso de seu partido: na charge de Zapiro, o presidente aparece numa galeria de arte sob a forma de um pênis gigante (©AFP / Alexander Joe)

Zuma discursa no congresso de seu partido: na charge de Zapiro, o presidente aparece numa galeria de arte sob a forma de um pênis gigante (©AFP / Alexander Joe)

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Da Redação

Publicado em 18 de setembro de 2012 às 13h26.

Brasília – O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, defendeu ontem (17) intervenção policial para "estabilizar a situação" em Marikana, no Noroeste do país, onde, no mês passado, 34 mineiros morreram durante confronto policial. Os embates foram considerados os mais violentos do país desde o fim do apartheid (regime de segregação racial), em 1994. O presidente alertou sobre os eventuais danos econômicos provocados pelas greves.

Ao discursar na abertura do congresso da maior central sindical do país, a Cosatu, Zuma criticou os que condenaram as operações policiais nas áreas em que houve o confronto. Segundo o presidente, aqueles que compararam o episódio ao período do apartheid foram “irresponsáveis e oportunistas”.

"Eles sabem que o que dizem não é verdade. Eles utilizam uma tragédia para marcar pontos políticos em vez de colocar os interesses dos trabalhadores e do país em primeiro lugar", disse Zuma, em discurso a delegados e dirigentes sindicais em Midrand, no Norte do país.

Ele acrescentou que as empresas de mineração têm a obrigação de ser mais atuantes na busca por melhores condições salariais.

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