Redação Exame
Publicado em 27 de novembro de 2025 às 15h48.
Quando chegou aos Estados Unidos aos 24 anos, vinda de Nova Délhi, Mehek Khera assumiu um cargo na área de e-commerce do Walmart.
O ritmo acelerado, a alta pressão e a má alimentação típica da rotina corporativa a levaram a um esgotamento físico e mental severo. Foi dessa crise que surgiu a ideia de transformar uma herança cultural em um negócio com propósito — e, principalmente, com escala.
Cinco anos depois, a Niramaya Foods, marca de snacks saudáveis com raízes na culinária indiana, atingirá seu primeiro milhão de dólares em receita anual.
O caminho até esse marco revela muito mais do que uma boa ideia executada no momento certo: mostra, com detalhes, como planejamento financeiro, controle de fluxo de caixa, investimento de capital próprio e decisões estratégicas foram essenciais para o crescimento de uma empresa nascida como um side hustle. As informações foram retiradas da Entrepreneur.
Khera economizou, ao longo de dois anos, cerca de US$ 50 mil para dar vida à Niramaya. Ela deixou seu emprego, se formou em nutrição e começou a testar receitas na própria cozinha, até desenvolver um produto viável para o mercado.
A decisão de usar capital próprio, ao invés de buscar investidores desde o início, permitiu mais controle sobre a operação e o posicionamento da marca.
Esse tipo de escolha tem impacto direto sobre a saúde financeira de qualquer negócio nascente. Ao evitar dívidas e manter uma estrutura enxuta no início, Khera conseguiu validar seu produto e estabelecer uma base sólida para escalar com mais segurança, protegendo margens e mantendo autonomia.
Os primeiros meses foram focados em mercados locais e eventos presenciais. Khera aproveitou esse contato direto com os consumidores não apenas para melhorar o produto, mas também para entender o comportamento de compra, algo essencial para definir preços, margens e rotatividade de estoque.
Paralelamente, ferramentas como QuickBooks (para controle financeiro), Notion (para organização) e Canva (para design de embalagens e materiais visuais) ajudaram a profissionalizar a operação sem comprometer o orçamento.
O olhar de Khera para a gestão de recursos desde o início mostra o quanto uma visão financeira clara pode ser o diferencial entre um produto artesanal e uma marca escalável.
Apesar da boa aceitação inicial, Khera logo enfrentou uma realidade muitas vezes negligenciada por novos empreendedores: o custo real de operar no varejo. Estar nas prateleiras é apenas o começo. A verdadeira batalha, segundo ela, está em girar o produto, ou seja, garantir que ele seja comprado.
“É um setor intensivo em capital. É preciso educar o consumidor, gerar demanda e conquistar espaço em gôndola”, afirmou.
Em um dos casos, seus produtos foram mal posicionados e precificados acima do ideal, o que comprometeu as vendas. A resposta de Khera foi pragmática: apresentou dados ao varejista, propôs soluções de marketing e conseguiu renegociar condições. O episódio mostra como visão financeira estratégica, combinada a uma postura proativa, pode reverter prejuízos iminentes.
Mais do que comercializar alimentos, Khera tem como missão mudar a percepção do consumidor sobre a culinária indiana. Seus produtos são plant-based, limpos e baseados em ingredientes funcionais. Essa proposta, que conecta autenticidade e saúde, ajudou a criar uma marca com identidade própria e com apelo crescente em um mercado competitivo.
A autenticidade, porém, não substitui a necessidade de gestão financeira profissional. “Tudo o que fizemos só foi possível porque houve planejamento, escuta ativa e muito controle. As decisões foram tomadas com base em dados, não em impulso”, diz.
Dominar as finanças corporativas não é apenas sobre números, é também sobre compreender o motor financeiro por trás de cada decisão de negócio.
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