Leonardo Rezende, CEO da Rennova: “Nosso papel é oferecer tecnologia de ponta tanto dentro quanto fora do consultório” (divulgação/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 8 de setembro de 2025 às 15h47.
Última atualização em 9 de setembro de 2025 às 12h28.
A Rennova, líder brasileira em estética injetável, decidiu que não quer mais ficar restrita às seringas e consultórios.
Depois de se consolidar como referência em ácido hialurônico e bioestimuladores de colágeno, a empresa agora aposta em uma linha de dermocosméticos e maquiagem.
"Queremos levar para a rotina diária dos consumidores a mesma tecnologia usada em procedimentos médicos", diz o CEO Leonardo Rezende.
A companhia quer ser mais do que uma fornecedora para uma base ativa de 30.000 médicos e dentistas. A expectativa é criar uma marca presente na rotina diária de quem já confia em seus procedimentos.
Para isso, investiu cerca de R$ 70 milhões no desenvolvimento da marca de skincare e maquiagem.
“O paciente que já confia na Rennova para os injetáveis agora terá acesso a produtos desenvolvidos com a mesma tecnologia para potencializar os resultados no dia a dia”, afirma.
Fundada em 2008, a Rennova construiu sua reputação em torno de produtos de alta tecnologia para estética injetável. A empresa é hoje a maior do Brasil no segmento e está entre as cinco maiores do mundo, líder em ácido hialurônico e bioestimuladores de colágeno.
Presente em 23 países, com o Brasil como principal mercado, a companhia quer se aproximar do consumidor final e ampliar sua relevância no mercado brasileiro de produtos de higiene e beleza alcançou R$ 173,4 bilhões em 2024, alta de 10,3%, segundo a Euromonitor.
“O mercado de beleza cresce mesmo em momentos desafiadores. Nosso papel é oferecer tecnologia de ponta tanto dentro quanto fora do consultório”, diz Rezende.
Com sede em Goiânia, onde mantém um parque fabril de 5 mil metros quadrados de área construída, a Rennova também conta com uma fábrica própria na Coreia do Sul, além de parcerias produtivas na Áustria e Israel.
Já a Nutriex, empresa do mesmo grupo, é especializada em protetores solares, repelentes e produtos infantis. Juntas, as duas empresas esperam chagar a R$ 2 bilhões de receita em 2026, crescendo cerca de 30% ao ano.
Para sustentar a nova frente, a companhia destinou um investimento inicial de R$ 70 milhões, sendo R$ 56 milhões em pesquisa, desenvolvimento e estrutura fabril e R$ 8 milhões apenas no lançamento da linha. O valor cobre o desenvolvimento do portfólio, a fábrica em Goiânia e o processo de certificação.
Paralelamente, a Rennova reservou R$ 100 milhões exclusivamente para marketing e branding, incluindo campanhas digitais, time de influenciadores e eventos proprietários.
O plano é ousado. A companhia projeta faturar R$ 150 milhões com a Rennova Care em dois anos de operação.
“Estamos construindo um modelo de negócio que vai muito além dos procedimentos injetáveis, conectando ciência, tecnologia e consumo. Queremos ser a escolha natural tanto dentro quanto fora do consultório”, diz Rezende.
A estreia da Rennova Care traz 24 produtos de cuidados com a pele e maquiagem, todos formulados com a tecnologia proprietária que combina ativos bioestimuladores para estimular a produção de colágeno.
Entre os itens estão limpadores faciais, séruns anti-idade, protetores solares e maquiagens funcionais, com preço médio de R$ 170.
A distribuição será multicanal:
A entrada no skincare é apenas uma das frentes do plano de expansão.
Paralelamente, a empresa prepara o lançamento da Rennova Tech, divisão dedicada a equipamentos estéticos de última geração, como aparelhos de ultrassom, plasma frio e radiofrequência robótica.
Desenvolvidos em parceria com fornecedores da Ásia, os equipamentos devem reforçar a proposta de oferecer um ecossistema completo de estética: do procedimento invasivo a rotina de cuidados.