Redação Exame
Publicado em 16 de outubro de 2025 às 15h58.
O que começou como uma frustração com os tradicionais métodos de arrecadação escolar, como vender chocolates ou papel de presente, se transformou em um negócio milionário.
As irmãs Joanna Serra e Barbara Kent, fundadoras da Fundraiser Blankets, faturaram US$ 8 milhões em 2024 vendendo cobertores personalizáveis para escolas e equipes esportivas.
E agora, projetam atingir US$ 10 milhões em receita e US$ 1,5 milhão em lucro até o fim de 2025.
Instaladas em Romeo, Michigan, as empreendedoras, uma ex-professora e uma veterana do Exército dos EUA, criaram um modelo simples, com baixo custo de produção, alta margem de revenda e escala nacional, atendendo mais de 4 mil escolas com vendas que variam entre US$ 10 e US$ 20 por unidade.
O resultado foi u? Um negócio rentável, com operação enxuta e estrutura leve, que chamou a atenção dos investidores do programa “Shark Tank”. As informações foram retiradas da CNBC.
O diferencial do negócio não está apenas no produto, mas no modelo de negócios escalável e replicável.: aFundraiser Blankets vende os cobertores para escolas, que então aplicam a margem de lucro que desejarem na revenda para suas comunidades.
Em outras palavras, as instituições controlam o preço final e otimizam a arrecadação conforme seu próprio público e objetivos.
Esse modelo alinha interesse financeiro e propósito social, permitindo que a marca opere com baixo risco de inadimplência, fidelize parceiros e tenha previsibilidade de receita.
A estratégia atraiu não só as escolas, mas também investidores interessados em negócios com margem saudável e crescimento consistente.
A Fundraiser Blankets é um braço da Birdy Boutique, empresa lançada pelas irmãs em 2014 para vender materiais educacionais na Amazon.
O novo projeto, focado exclusivamente em arrecadações escolares, foi criado no fim de 2022, após a dupla perceber que o setor estava parado no tempo e carente de inovação.
Logo no primeiro ano completo de operação, em 2023, a startup alcançou US$ 3 milhões em vendas, — mais que o dobro em 2024, com US$ 8 milhões faturados.
Essa curva de crescimento levou as fundadoras a buscar capital estratégico no “Shark Tank”,: pedindo US$ 300 mil por 10% da empresa e sinalizando uma avaliação de US$ 3 milhões.
Durante a apresentação no programa, os números chamaram a atenção dos jurados.
Chip Gaines, convidado especial, destacou o potencial visual e de engajamento do produto em eventos esportivos. Kevin O’Leary ofereceu US$ 300 mil por 20% da empresa, enquanto Lori Greiner e Barbara Corcoran fizeram propostas mais leves: US$ 300 mil por 15% cada uma.
As fundadoras, no entanto, buscaram valor agregado além do capital e: sugeriram uma parceria conjunta entre Greiner e Corcoran.
Após negociações, fecharam o acordo por US$ 300 mil por 20% da empresa, — abrindo mão de 5% a mais de patrimônio líquido, mas ganhando duas investidoras com forte presença em varejo e canais de venda.
A decisão revela maturidade financeira e visão estratégica.: A diluição adicional foi compensada pelo acesso a uma rede de valor que pode acelerar a escalabilidade do negócio.
Em 2024, as fundadoras começaram a se pagar US$ 100 mil anuais cada uma, um sinal claro de saúde financeira do negócio e de gestão equilibrada entre reinvestimento e remuneração.
Com previsão de US$ 1,5 milhão em lucro até o fim de 2025, a operação já é lucrativa mesmo sem capital externo.
A CEO Barbara Kent e a COO Joanna Serra se referem à Fundraiser como “um império de arrecadação de fundos em construção”, apostando na falta de inovação no setor como oportunidade de liderança.
Além disso, Greiner afirmou que parte de seus lucros futuros com a empresa será doada para fundos de bolsas de estudo, — um alinhamento direto com o propósito da marca e com a proposta de valor.
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