Nvidia: valor de mercado já é maior que Broadcom, TSMC, ASML e AMD juntas (Montagem EXAME//Wikimedia Commons)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 3 de novembro de 2025 às 14h08.
Jensen Huang, CEO da Nvidia (NVDC34), é um dos nomes mais admirados do mundo corporativo atual.
À frente de uma gigante avaliada em U$ 5 trilhões em valor de mercado e protagonista da revolução da inteligência artificial, Huang personifica o que muitos executivos buscam em performance, visão e inovação.
No entanto, nem toda prática adotada por líderes de sucesso merece ser replicada. As informações foram retiradas da Inc.
No livro The Nvidia Way, do jornalista Tae Kim, há um episódio que se destaca menos pelos resultados e mais pelo constrangimento que causou. Huang teria abordado um engenheiro da empresa, Kenneth Hurley, enquanto ambos estavam em um banheiro da sede da Nvidia.
A conversa, que começou de maneira informal, rapidamente virou um interrogatório sobre as atividades profissionais do funcionário ali, ao lado do mictório.
A situação ilustra um ponto importante para quem lidera equipes e lida com gestão de capital humano: não é apenas sobre o que se pergunta, mas onde e como se faz isso.
A cultura do “modo fundador”, conceito popularizado por Paul Graham, valoriza líderes que estão próximos da operação, entendem o dia a dia do negócio e têm uma postura prática frente aos desafios.
Em tese, essa abordagem reduz hierarquias, acelera decisões e reforça o alinhamento estratégico.
Contudo, quando essa presença se torna invasiva ou descontextualizada, o efeito pode ser o oposto, gerando constrangimento, ruído na comunicação e perda de moral da equipe. E isso, no contexto das finanças corporativas, tem um custo real, seja em produtividade, seja em retenção de talentos.
Líderes financeiros, especialmente CFOs e líderes de áreas estratégicas, convivem com pressão constante por performance.
Naturalmente, há momentos em que o contato direto com equipes operacionais se faz necessário. Mas o “assunto certo, lugar certo” continua sendo um princípio essencial.
Uma abordagem invasiva pode desvalorizar um colaborador, gerar mal-estar e, em vez de aumentar o engajamento, produzir o oposto.
Como destaca o autor Jeff Haden na análise da conduta de Huang, até as melhores intenções podem falhar quando aplicadas fora de contexto.
Grandes nomes do mercado, como Jensen Huang, são referências de inovação, execução e visão de longo prazo. Mas até mesmo esses líderes oferecem aprendizados que vêm do erro, deles ou dos outros.
No universo das finanças corporativas, onde a tomada de decisão exige equilíbrio entre dados e pessoas, entender os limites da liderança é tão importante quanto definir KPIs ou estruturar um M&A.
Evitar práticas constrangedoras, respeitar os espaços dos times e manter a escuta ativa são atitudes que preservam o capital mais valioso de uma organização: a confiança.
Não é raro ouvir histórias de empresas que faliram por erros de gestão financeira. Foi de olho nisso que EXAME e Saint Paul decidiram liberar (com exclusividade e por tempo limitado) mais uma edição do Pré-MBA em Finanças Corporativas.
O treinamento é voltado para quem deseja aprimorar a gestão financeira e se destacar num mercado cada vez mais competitivo. Por isso, ao longo de quatro aulas virtuais, os participantes terão acesso a um conteúdo robusto, que inclui temas como análise financeira, planejamento estratégico e gestão de riscos.
Veja, abaixo, motivos para não ficar de fora dessa oportunidade imperdível.
EU QUERO PARTICIPAR DE TREINAMENTO VIRTUAL COM CERTIFICADO SOBRE FINANÇAS