Negócios

AIG traz ao Brasil seguro contra terrorismo

A seguradora começa, a partir desta quarta-feira, 19, a comercializar um seguro que protege as empresas de ataques terroristas


	A capacidade de cobertura do seguro é de R$ 200 milhões, mas, com recursos da AIG dos Estados Unidos, pode chegar a R$ 500 milhões
 (REUTERS/Brendan McDermid)

A capacidade de cobertura do seguro é de R$ 200 milhões, mas, com recursos da AIG dos Estados Unidos, pode chegar a R$ 500 milhões (REUTERS/Brendan McDermid)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 09h59.

São Paulo - O Brasil já integra o grupo de nações que podem ser palco de um ato de terrorismo. Pelo menos para a seguradora AIG, que começa a partir desta quarta-feira, 19, a comercializar um seguro que protege as empresas de ataques terroristas.

É o primeiro produto do tipo no País. “O Brasil em dois ou três anos pode se tornar palco de terrorismo. O País não tem grupos terroristas e é politicamente amigável, mas vai ganhar importância econômica e política no cenário internacional por hospedar grandes eventos”, afirmou Frank Moraes, gerente de Property da AIG Brasil.

Além da Copa das Confederações já em andamento, o Brasil vai ser sede da Copa do Mundo no ano que vem e dos Jogos Olímpicos em 2016. No caso de um ataque, o seguro protege as propriedades dos danos materiais.

Em abril deste ano, no atentado da Maratona em Boston, nos Estados Unidos, a AIG cobriu os danos materiais dos imóveis que ficaram danificados por estarem próximos ao local da explosão.

O produto também protege as empresas de uma perda de lucro no caso de o imóvel ser afetado pela interdição de uma determinada área. “Também em Boston, o governo americano decidiu isolar completamente uma área e as empresas não puderam funcionar”, afirmou Moraes.

A capacidade de cobertura do seguro é de R$ 200 milhões, mas, com recursos da AIG dos Estados Unidos, pode chegar a R$ 500 milhões. No caso de cobertura num valor maior, a empresa depende de uma resseguradora. Neste primeiro ano, a expectativa é de emissão de R$ 500 mil em prêmios.


Na lista de negociação para a aquisição do seguro estão as empresas interessadas em administrar os estádios esportivos, as concessionárias de aeroportos e os hotéis.

Mesmo depois do encerramento dos grandes eventos, a companhia acredita que o mercado brasileiro deve seguir atraente. “Deve existir uma queda (na procura desse produto), mas o Brasil vai continuar sendo atrativo em função da mudança de importância do País no cenário internacional”, afirmou Moraes. A empresa também aposta em novos eventos de grande porte que serão sediados no Brasil. No radar da seguradora, por exemplo, está a realização da Expo 2020, que tem a cidade de São Paulo como uma das candidatas a sede.

Pelo mundo

A AIG já oferece esse tipo de cobertura em diversos países da Europa, nos Estados Unidos e no Canadá. Nesses locais, a contratação do serviço já é comum desde o atentado de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Também já está oferecendo o seguro contra terrorismo em países da América Latina, como México e Colômbia, onde fez a cobertura de um ataque a uma aeroporto local e que causou um prejuízo de US$ 20 mil. No Brasil, a Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia do Ministério da Fazenda, autorizou a comercialização do produto há cerca de 20 dias.

Acompanhe tudo sobre:AIGEmpresasEmpresas americanasPar CorretoraSegurosTerrorismo

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares