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Após sucesso e fila de 4 horas, Krispy Kreme vai abrir novas lojas por São Paulo; saiba onde

Após estreia com filas e buzz nas redes, rede de donuts revela novos pontos e estratégia para ganhar escala no país

João Luiz Marçola, CEO da Krispy Kreme Brasil: “Nossa intenção é, gradualmente, levar a Krispy Kreme para diferentes estados, mantendo o padrão de qualidade e experiência que definem a marca” (Krispy Kreme/Divulgação)

João Luiz Marçola, CEO da Krispy Kreme Brasil: “Nossa intenção é, gradualmente, levar a Krispy Kreme para diferentes estados, mantendo o padrão de qualidade e experiência que definem a marca” (Krispy Kreme/Divulgação)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 15 de outubro de 2025 às 08h00.

A Krispy Kreme chegou ao Brasil com uma cena rara no mercado de alimentação: fila de mais de 4 horas para provar donuts recém-saídos da esteira.

A loja da Vila Nova Conceição, aberta em abril, virou ponto de peregrinação — e agora a marca americana acelera sua expansão por São Paulo.

Nas próximas semanas, a rede vai abrir duas novas unidades na capital.

A primeira será no Shopping Morumbi, com loja completa e novo design global. A segunda, um quiosque no Shopping Cidade São Paulo, na Avenida Paulista, foi pensada para o ritmo intenso da região.

Ambas devem começar a operar até o fim de 2025.

O movimento marca também a chegada de João Luiz Marçola como novo CEO da operação brasileira. Ex-CFO da marca, o executivo assume o comando com a missão de transformar o sucesso pontual da flagship em uma operação escalável.

“A recepção superou todas as nossas projeções. A marca foi muito bem acolhida e isso reforça o potencial que a gente vê aqui”, afirmou Marçola em entrevista à EXAME. “Agora, o desafio é crescer mantendo a qualidade e a experiência que são o DNA da Krispy Kreme”.

Qual é a história da Krispy Kreme

Fundada em 1937, na Carolina do Norte, a Krispy Kreme construiu sua reputação com a produção de donuts frescos, vitrines abertas e atendimento direto ao consumidor.

O Original Glazed, seu donut glaceado clássico, virou símbolo da marca, que aposta na experiência física como diferencial.

A empresa opera hoje em mais de 40 países, com cerca de 2.000 lojas próprias e outros 15.500 pontos de venda indiretos — como supermercados, cafeterias e apps de delivery.

O Brasil é parte do plano de internacionalização da marca, que vem acelerando principalmente fora dos EUA, com destaque para Reino Unido, Japão e Canadá.

A estratégia por aqui replica o modelo testado nesses países: parceria com operadores locais para escalar com agilidade e menor custo fixo. No Brasil, esse papel é da AmPm, rede de lojas de conveniência da Ipiranga.

“Essa estrutura nos dá capilaridade e eficiência desde o começo. Temos produção centralizada, controle de qualidade e uma rede de distribuição conectada ao modelo da AmPm, que já entende bem o consumidor brasileiro”, afirma Marçola.

Expansão com pé no chão

A loja da Vila Nova Conceição segue como centro de produção para toda a operação.

Com capacidade para produzir até 50 mil donuts por dia, ela abastece o delivery, o drive-thru local e os novos pontos de venda que começam a chegar à cidade.

“As inaugurações fazem parte do nosso plano estruturado de crescimento”, afirma Marçola. “Começamos com a loja produtora na Avenida Juscelino Kubitschek e agora estamos chegando a dois importantes shoppings da capital, o Morumbi e o Cidade São Paulo.”

O plano de expansão nacional ainda não tem calendário público. Mas o executivo confirma que o projeto prevê levar a marca para outros estados no futuro.

Nossa intenção é, gradualmente, levar a Krispy Kreme para diferentes estados, mantendo o padrão de qualidade e experiência que definem a marca”, diz.

Os desafios para crescer no Brasil

“Acredito que o principal desafio ao chegar em um país novo é garantir que a consolidação e crescimento da marca aconteçam de forma estruturada”, afirma o CEO. Ele cita três pontos principais: adaptação ao mercado, logística e consistência na entrega da experiência.

“Isso envolve adaptar o modelo global às particularidades do mercado brasileiro, coordenar a logística de produção e distribuição, e assegurar que cada loja entregue o padrão de frescor, atendimento e variedade de sabores que os consumidores esperam.”

A produção centralizada, combinada com o suporte da rede AmPm, deve permitir esse crescimento com controle de qualidade e custos otimizados.

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