Murilo Dias, Roberto Mancuzo e Afonso Amôr, sócios da Join 4.
EXAME Solutions
Publicado em 20 de agosto de 2025 às 12h14.
Como alterar backoffices tornando-os centros que economizam milhões de reais e ainda impulsionam decisões estratégicas? Essa é a missão que a Join4 tem cumprido para grandes empresas brasileiras. A consultoria, especializada em estruturar e automatizar Centros de Serviços Compartilhados (CSCs), ajuda negócios a ganhar escala sem multiplicar custos e equipes.
Com sede em Bauru (SP) e um alcance nacional, a Join4 já implantou projetos de CSC em empresas como Fleury, Atlantica Hotels e Rede Santa Catarina, obtendo ganhos concretos de produtividade, padronização e eficiência. A lógica é simples: redesenhar fluxos, aplicar automação e liberar tempo para tarefas que realmente geram valor.
Os Centros de Serviços Compartilhados centralizam atividades administrativas comuns — como folha de pagamentos, contas a pagar, compras e atendimento jurídico — que antes eram duplicadas em cada unidade ou área da empresa. Essa centralização traz ganhos de escala, controle e padronização de processos.
Nos últimos anos, os CSCs deixaram de ser apenas estruturas operacionais para se tornarem núcleos estratégicos de governança. Segundo dados do Instituto de Engenharia de Gestão (IEG), 39% dos CSCs no Brasil já oferecem automações voltadas diretamente para as áreas de negócio — reflexo de uma maturidade crescente.
“O CSC passou a ser uma alavanca de eficiência e inteligência organizacional”, diz Murilo Dias, CEO e cofundador da Join4. “Hoje, conseguimos rodar tarefas 24 horas por dia, com regras de negócio bem definidas e sem retrabalho.”
O diferencial da Join4 está na união entre consultoria, redesenho de processos e execução técnica. Antes de automatizar qualquer tarefa, a equipe mapeia fluxos, entende gargalos e prioriza entregas com alto impacto.
Um exemplo disso é o projeto realizado com a Atlantica Hospitality International, maior administradora hoteleira do Brasil. Com apoio da Join4, a companhia estruturou seu centro de serviços com foco nas áreas de financeiro, RH e reservas. Resultado: o índice de SLA — nível de qualidade e prazo combinado para a entrega de um serviço — aumentou em 10 pontos percentuais, e a operação foi expandida para áreas como marketing e cadastros, atendendo mais de 180 hotéis.
A automação tornou possível dobrar o tamanho da operação sem dobrar os custos, com ganhos imediatos de produtividade e redução de falhas.
Em quatro anos de atuação, a Join4 já colheu frutos financeiros dessa abordagem. Em 2024, alcançou uma receita de R$ 2,59 milhões — crescimento de 37% em relação ao ano anterior. A empresa também entrou no Ranking EXAME Negócios em Expansão 2025, lista organizada pela EXAME em parceria com o BTG Pactual que destaca as empresas que mais crescem no Brasil com base em indicadores financeiros. Para 2025, a Join4 projeta quadruplicar o faturamento, consolidando um ritmo de crescimento exponencial e reforçando a eficácia de sua estratégia e metodologia de automação.
No centro da metodologia da Join4 está a Fope, sigla que representa a abordagem de descoberta e priorização de processos com entregas em ciclos curtos. “Não faz sentido tentar automatizar tudo de uma vez. Começamos de forma gradual, mostramos valor, validamos e seguimos evoluindo”, explica Dias.
Essa filosofia acelera o retorno sobre o investimento e estimula a adesão dos times internos. Mostrar valor rápido é fundamental para consolidar uma cultura digital.
Além dos projetos sob medida, a Join4 investe em soluções próprias, como portais de atendimento prontos e agentes de inteligência artificial voltados para a alta gestão. Com base sólida em saúde e CSCs, a empresa adquiriu duas consultorias e ampliou sua presença no mercado nacional visando uma evolução ainda mais sólida.
A Join4 também possui parcerias estratégicas com a Associação Brasileira de Serviços Compartilhados (ABSC) e o Instituto de Engenharia e Gestão (IEG), rede focada em eficiência corporativa — hoje, mais de 90% dos CSCs estruturados no país fazem parte dessas organizações, o que deixa a empresa no centro desse grande mercado.