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Avianca suspenderá voos à Venezuela a partir de 16 de agosto

A Avianca disse que honrará os compromissos adquiridos com passageiros, funcionários e fornecedores na Venezuela

Avianca: "suspendemos a partir de hoje as vendas de passagens para viagens posteriores a 16 de agosto nessas rotas" (Avianca Brasil/Divulgação)

Avianca: "suspendemos a partir de hoje as vendas de passagens para viagens posteriores a 16 de agosto nessas rotas" (Avianca Brasil/Divulgação)

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EFE

Publicado em 26 de julho de 2017 às 16h40.

Bogotá - A companhia aérea colombiana Avianca anunciou nesta quarta-feira que a partir do dia 16 de agosto deixará de voar à Venezuela, pela primeira vez em mais de 60 anos, devido às dificuldades operacionais que tem nesse país.

"A Avianca deixará de operar as rotas Bogotá-Caracas-Bogotá (dois voos diários) e Lima-Caracas-Lima (um voo diário) a partir da quarta-feira 16 de agosto de 2017, data na qual se efetuarão os últimos voos de itinerário entre estas cidades", destacou a empresa.

Em comunicado, a Avianca acrescentou que esta decisão foi tomada após uma reunião que teve hoje em Bogotá com as autoridades aeronáuticas colombianas e que já a notificou o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) da Venezuela.

"Em consequência, suspendemos a partir de hoje as vendas de passagens para viagens posteriores a 16 de agosto nessas rotas", disse a companhia aérea no comunicado.

O presidente-executivo da Avianca, Hernán Rincón, disse que a empresa tem "toda a disposição" para retomar os voos quando contar com as condições requeridas para fazê-lo.

"Depois de mais de 60 anos de serviços contínuos na Venezuela, a Avianca lamenta ter tido que chegar a essa difícil decisão, mas nossa obrigação é garantir a segurança da operação", afirmou.

"Essa medida se sustenta na necessidade de adequar vários processos aos padrões internacionais, melhorar a infraestrutura aeroportuária na Venezuela e garantir a consistência nas operações", completou a nota.

A suspensão dos voos afeta a conectividade aérea da Venezuela, de onde já se retiraram várias companhias áreas, pois a Avianca tem uma participação de mercado de 59% na rota Bogotá-Caracas-Bogotá e de 77% na Lima-Caracas-Lima.

No entanto, a empresa acrescentou no comunicado que "examinará" a medida adotada "assim que se saiba os resultados do trabalho técnico que farão as autoridades de ambos países para resolver esses impedimentos operacionais e de segurança".

A Avianca disse, além disso, que honrará os compromissos adquiridos com passageiros, funcionários e fornecedores na Venezuela. Clientes com reserva para voos posteriores a 16 de agosto poderão solicitar o reembolso de 100% do valor pago pelos bilhetes.

Na nota, a empresa não faz referência aos valores devidos pela Venezuela em relação à venda de passagens. No ano passado, essa dívida era de cerca de R$ 250 milhões.

Por causa dessa situação, em 2013, a Avianca reduziu os voos entre Bogotá e Caracas de sete para dois por dia. O mesmo ocorreu na rota para Lima e a capital venezuelana, que caíram de dois para um por dia.

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