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Bilionário 'em dificuldades' tem indenização de US$ 400 milhões por obras de arte danificadas negada

Uma versão da Campbell’s Soup Can de Andy Warhol, estava entre as obras atingidas por um incêndio

Ron Perelman: Juiz rejeita pedido de bilionário contra seguradoras por supostos danos em obras de arte

Ron Perelman: Juiz rejeita pedido de bilionário contra seguradoras por supostos danos em obras de arte

Publicado em 27 de setembro de 2025 às 06h51.

Um juiz de Nova York negou ao bilionário Ron Perelman o direito de receber US$ 400 milhões de seguradoras por supostos danos a cinco pinturas em razão de um incêndio ocorrido em sua residência no Hamptons (conjunto de vilas de luxo em Nova York) em 2018. A decisão encerra uma disputa judicial de cinco anos envolvendo obras de Andy Warhol, Edward Ruscha e Cy Twombly.

Segundo a Bloomberg, o juiz Joel M. Cohen rejeitou todas as alegações de Perelman contra afiliadas da Lloyd’s of London, Chubb e American International Group (AIG). As empresas contestaram a extensão dos danos e alegaram que o empresário, de 82 anos, buscava compensações em meio a dificuldades financeiras.

Disputa

Durante o julgamento de três semanas, Perelman afirmou que as obras haviam perdido impacto visual após o incêndio, descrevendo "cores menos vibrantes e contraste reduzido".

Os advogados das seguradoras destacaram, porém, que o empresário só apresentou reivindicações dois anos após o incidente, quando já havia recebido mais de US$ 100 milhões por outras peças afetadas.

As pinturas estavam seguradas por valores superiores às avaliações de mercado. A versão da Campbell’s Soup Can de Warhol, por exemplo, tinha cobertura de US$ 100 milhões, mas foi avaliada em US$ 12,5 milhões em 2018.

As seguradoras ressaltaram ainda que outras obras localizadas no mesmo andar foram posteriormente vendidas a colecionadores, incluindo o bilionário Ken Griffin.

A fortuna de Perelman, que chegou a US$ 19 bilhões em 2018, caiu para US$ 3,3 bilhões em 2021, após dificuldades financeiras ligadas à Revlon, empresa que entrou em falência em 2022.

O processo também revelou que o empresário vendeu obras de arte avaliadas em quase US$ 1 bilhão para cobrir empréstimos garantidos por ações da companhia.

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