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Boeing reconhece que deveria ter suspendido 737 MAX após 1ª queda

Duas aeronaves do modelo caíram recentemente causando a morte de mais de 350 pessoas

Boeing 737: duas aeronaves do modelo caíram e causaram acidentes com muitos mortes (Lindsey Wasson/Reuters)

Boeing 737: duas aeronaves do modelo caíram e causaram acidentes com muitos mortes (Lindsey Wasson/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de novembro de 2019 às 15h44.

Nova York — O CEO da Boeing, Dennis Muilenburg, reconheceu nesta quarta-feira (6) publicamente que se tivesse antes toda a informação que possui agora a empresa teriam retirado de circulação os modelos 737 MAX depois do primeiro acidente, o que teria evitado o segundo.

Em outubro de 2018, um 737 MAX 8 da companhia aérea indonésia Lion Air caiu, causando a morte de 189 pessoas, incluindo todos os passageiros e a tripulação. Cinco meses depois, uma aeronave do mesmo modelo da Ethiopian Airlines se acidentou em circunstâncias similares, deixando 157 mortos.

Desde então, todos os 737 MAX 8 foram retirados de circulação, causando uma grave crise de confiança, e levou a Boeing a tentar melhorar o software do avião para receber as atualizações necessárias para continuar voando.

Muilenburg externou nesta quarta, em Nova York, durante entrevista organizada pelo jornal "The New York Times", o próprio mal-estar por não ter mantido o modelo em terra após a primeira queda e disse que a empresa tomará decisões melhores no futuro. "Se soubéssemos de tudo desde aquela época, teríamos aterrissado os aviões depois do primeiro acidente", destacou.

Perguntado se a Boeing mudará o enfoque caso ocorra algo similar em seus aviões, o CEO acenou positivamente. "Acredito que nos veremos ainda mais inclinado nessa direção. Sempre seremos uma companhia que analisará os dados por trás do que ocorrer e tomará decisões boas e sólidas", disse.

Recentemente, o conselho de diretores da Boeing retirou Muilenburg das atribuições de presidente executivo para que possa se concentrar em administrar a crise.

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