Giovane Telli, CEO da TelliCoJus: estruturação offshore pode reduzir impostos e facilitar a expansão internacional de empresas digitais (TelliCoJus/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 31 de março de 2025 às 10h40.
Com a maior carga tributária da América Latina — 33% do PIB —, o Brasil tem levado cada vez mais empresários do setor digital a buscar alternativas no exterior. Além da pressão fiscal, a insegurança jurídica também motiva a saída, tornando a internacionalização não apenas uma forma de economizar, mas uma estratégia para garantir previsibilidade e proteção ao negócio.
A TelliCoJus é especializada em estruturação offshore e blindagem patrimonial. Criada em Dubai, em 2020, por um brasileiro, a empresa já ajudou negócios digitais a se estabelecerem em mais de 50 países. Seu foco está na abertura de empresas offshore, contas bancárias internacionais, e conexões com gateways e fintechs para empresas de setores como e-commerces, infoprodutores, softhouses e agências de marketing. Além disso, realiza planejamento patrimonial e sucessório para empresários com alto patrimônio.
Segundo Giovane Telli, CEO da TelliCoJus, o uso de estruturas internacionais não é novidade e já faz parte da operação de gigantes como Amazon, Spotify e Netflix. Agora, esse modelo também se torna viável para empresas de médio porte.
“O uso de estruturas internacionais já é uma estratégia consolidada. O cenário atual abriu espaço para que negócios menores também adotem esse formato”, explica.
Uma das principais vantagens está na economia fiscal. Jurisdições como Panamá, Bahamas e São Vicente e Granadinas oferecem regimes tributários reduzidos — ou até isentos — para empresas que operam digitalmente.
“Com uma estrutura bem montada, é possível reduzir a carga tributária de 21% no Brasil para cerca de 4% no exterior, o que pode gerar até 81% de economia”, afirma Telli. Esse valor pode ser reinvestido em marketing, tecnologia ou expansão de equipe.
Na prática, uma empresa digital com faturamento de R$ 5 milhões ao ano pode pagar cerca de R$ 1 milhão em impostos no Brasil. Com uma estrutura offshore, esse valor pode cair para menos de R$ 200 mil.
Além da economia, expandir a operação para o exterior facilita o acesso a novos mercados, como União Europeia, Oriente Médio e América do Norte. “Consumidores e parceiros europeus, por exemplo, preferem negociar com empresas dentro do bloco, devido à segurança jurídica e à padronização tributária”, afirma o CEO.
Outro benefício é a blindagem patrimonial. Reformas fiscais, propostas de taxação de dividendos e até ações governamentais, que limitam o acesso a recursos, vêm gerando preocupação entre empresários.
“A instabilidade política e fiscal cria um ambiente de medo. O empresário não consegue planejar seu futuro e o de sua família com segurança”, explica Telli. “Ter uma holding em um país com regras claras traz tranquilidade para quem empreende.”
A estruturação offshore não segue um modelo único. Cada empresa exige um formato diferente, considerando fatores como faturamento, público e operação.
“Não existe solução de prateleira quando falamos em internacionalização. Um influenciador digital precisa de um gateway de pagamento diferente de uma agência de marketing”, destaca o CEO.
A TelliCoJus atua em todas as etapas: análise do negócio, escolha da jurisdição ideal, abertura da empresa e contas bancárias, integração com plataformas financeiras e suporte jurídico e contábil contínuo.
Empresas com faturamento a partir de R$ 500 mil por mês já encontram vantagens nesse modelo. Acima desse valor, o Simples Nacional deixa de ser uma opção e a tributação no Brasil passa para regimes mais onerosos, como o Lucro Presumido ou Lucro Real.
Além disso, a reforma tributária em curso, que prevê um imposto sobre valor agregado (IVA) até 2026, pode tornar ainda mais caro operar no Brasil.
“A estimativa é de uma alíquota de 26,5% sobre serviços, o que pode inviabilizar muitos negócios digitais”, alerta Telli. “A estrutura internacional não é apenas uma válvula de escape, mas um caminho estratégico para quem pensa no longo prazo.”
A empresa se posiciona como um family office para empreendedores digitais, oferecendo acompanhamento contínuo após a estruturação.
“O brasileiro é inovador e bem-recebido nos mercados internacionais, mas ainda carrega a mentalidade de que não pode competir globalmente. Nosso trabalho é mostrar que pode sim — e que há caminhos seguros para isso”, conclui o CEO.
Com presença em Dubai, Panamá e Estados Unidos, equipe multilíngue e atuação em cinco continentes, a TelliCoJus se consolida como uma empresa que possibilita ao empreendedor digital brasileiro ter acesso a benefícios que multinacionais sempre tiveram.