Negócios

BTG passa Itaú BBA no ranking de fusões em dezembro

O Itaú, líder até o início de dezembro, caiu para o segundo lugar ao participar de US$ 36,7 bilhões em transações no Brasil

O BTG, baseado em São Paulo, assessorou US$ 39,1 bilhões em operações de fusões e aquisições (Germano Lüders/EXAME.com)

O BTG, baseado em São Paulo, assessorou US$ 39,1 bilhões em operações de fusões e aquisições (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 09h12.

São Paulo - A participação do Banco BTG Pactual SA em negócio de US$ 2,5 bilhões no setor de aço nas últimas semanas de 2011 ajudou a instituição financeira a passar o Banco Itaú BBA SA e se tornar a líder no ranking de fusões e aquisições no ano passado.

O Itaú, líder até o início de dezembro, caiu para o segundo lugar ao participar de US$ 36,7 bilhões em transações no Brasil, segundo dados da Bloomberg. O BTG, baseado em São Paulo, assessorou US$ 39,1 bilhões em operações de fusões e aquisições, enquanto o Rothschild, que encabeçava o ranking em 2010, caiu para o sexto lugar, com US$ 23,4 bilhões.

O BTG Pactual, banco do bilionário André Esteves, assessorou 47 transações em 2011, incluindo a compra por US$ 2,5 bilhões de fatia da Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais SA pela Ternium SA e Confab Industrial SA. A transação foi anunciada no final de novembro e incluída no ranking do mês passado. O banco também liderou a compra por US$ 648,3 milhões da Brazilian Finance & Real Estate SA pelo BTG Pactual e seu controlado Banco Panamericano, anunciada em dezembro.

“Nós temos um pipeline robusto”, disse Guilherme Paes, responsável pelo banco de investimento do BTG Pactual. Ele considera que o volume de negócios pode crescer 20 a 30 por cento neste ano caso a crise de dívida dos governos na Europa não traga rupturas.

A competição entre o BTG Pactual, o Itaú e os bancos internacionais pode se intensificar neste ano, à medida que o número de transações crescer e o tamanho médio de cada negócio continuar a cair. O número de transações de fusões e aquisições no Brasil cresceu para 710 em 2011 na comparação com 555 em 2010 e o volume caiu para US$ 99,9 bilhões em relação aos US$ 161 bilhões de 2010. O tamanho médio se reduziu de US$ 470,9 milhões para US$ 237,9 milhões, de acordo com dados da Bloomberg.

‘Muito ativo’

“O mercado de fusões e aquisições estava muito ativo em 2011 e apesar das incertezas macroeconômicas globais nós esperamos que a atividade se sustente em 2012”, disse Jean-Marc Etlin, responsável pela área de banco de investimento do Itaú BBA, em entrevista.


O BTG havia sido o sétimo maior banco em fusões e aquisições em 2009 e pulou para o quarto lugar em 2010 depois de tirar alguns dos mais experientes executivos da indústria do Credit Suisse Group AG, incluindo o chefe de fusões e aquisições Marco Gonçalves.

“Hoje nós temos o maior time de execução no Brasil, com seis executivos seniores”, disse Gonçalves em entrevista, completando que ele espera que o investimento direto de países da Ásia para o Brasil continue a crescer, principalmente da China, Japão e da Coreia.

O BTG Pactual assessorou os acionistas controladores da Schincariol Participações e Representações SA, que em agosto venderam sua fatia de 50,45 por cento na brasileira para a japonesa Kirin Holdings Co. por R$ 3,95 bilhões.

O preço era de cerca de 21 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, conhecido como Ebitda, da Schincariol, segundo Paes.

“Os clientes estão felizes com nossos serviços, com o valor que nós conseguimos para a empresa deles”, disse ele.

Acompanhe tudo sobre:Bancosbancos-de-investimentoBTG PactualEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasFusões e AquisiçõesHoldingsItaúitau-bba

Mais de Negócios

Até mês passado, iFood tinha 800 restaurantes vendendo morango do amor. Hoje, são 10 mil

Como vai ser maior arena de shows do Brasil em Porto Alegre; veja imagens

O CEO que passeia com os cachorros, faz seu próprio café e fundou rede de US$ 36 bilhões

Lembra dele? O que aconteceu com o Mirabel, o biscoito clássico dos lanches escolares