Negócios

BTG prepara venda de grupo de farmácias BR Pharma por R$ 1

Controle da rede de farmácias deve ser comprado por Paulo Remy, hoje sócio da WTorre

BR Pharma: rede se resume às redes Big Ben, Farmácia Santanna e à cadeia de franquias FarMais (Germano Lüders/EXAME.com)

BR Pharma: rede se resume às redes Big Ben, Farmácia Santanna e à cadeia de franquias FarMais (Germano Lüders/EXAME.com)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de fevereiro de 2017 às 09h36.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2017 às 11h14.

São Paulo - A "limpeza" no portfólio de investimentos em empresas do banco BTG Pactual deve continuar nos próximos dias com a venda, por R$ 1, do controle da rede de farmácias BR Pharma ao empresário Paulo Remy, hoje sócio da construtora WTorre, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

Segundo fontes, Remy teria experiência em assumir negócios em dificuldades, pois trabalhou na consultoria Galeazzi & Associados, especializada em reestruturações.

A BR Pharma é um dos ativos mais problemáticos na carteira do BTG. O banco tentou montar uma gigante em farmácias a partir de aquisições realizadas em diferentes regiões do País.

No entanto, o negócio revelou-se de difícil retorno e a instituição teve de fazer aportes de capital no ativo. Em janeiro do ano passado, por exemplo, o BTG injetou cerca de R$ 400 milhões na BR Pharma.

Desde que resolveu desistir das farmácias, o BTG vinha vendendo separadamente as marcas. Em novembro de 2015, a Mais Econômica foi repassada ao fundo Verti, por R$ 44 milhões.

Em 2016, foi a vez da Rosário ser vendida à Profarma, por R$ 173 milhões. No entanto, o valor deveria sofrer um desconto, pois boa parte das lojas da Rosário estava enfrentando desabastecimento na época.

Ao passar o controle da BR Pharma adiante, o BTG sai do negócio sem receber nada, mas se livra de pesadas obrigações.

Hoje, a BR Pharma se resume às redes Big Ben, Farmácia Santanna e à cadeia de franquias FarMais. Somente para comprar a Big Ben, o BTG gastou R$ 453 milhões, em novembro de 2011.

Não é a primeira vez que o BTG investe pesado num ativo para depois repassá-lo adiante com valor simbólico. A rede de varejo fluminense Leader, de apelo popular, foi vendida por R$ 1 ao advogado Fabio Carvalho. A Alvarez & Marsal assumiu a gestão.

O jornal O Estado de S. Paulo procurou a WTorre para falar sobre a entrada de Remy na BR Pharma, mas não obteve retorno. O BTG não quis comentar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:BTG PactualFusões e AquisiçõesFarmácias

Mais de Negócios

SumUp capta R$ 850 milhões para enfrentar crise de crédito nas PMEs

Alumínio sem carbono chega às embalagens da Unilever

Mercado Livre será parceiro do YouTube Shopping em nova fase no Brasil

Ela abriu um negócio no pós-parto e faturou US$ 30 mil em 2 meses e hoje rende US$ 500 mil ao ano