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Cielo prevê cenário difícil com desaceleração da economia

Consumo em queda, perda de parceria com grandes clientes e ambiente competitivo estão no caminho da empresa

Cielo: concorrência do setor e desaceleração da economia preocupam empresa (Divulgação)

Cielo: concorrência do setor e desaceleração da economia preocupam empresa (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 11h46.

São Paulo – A queda de 6,3% no lucro da Cielo no terceiro trimestre do ano é reflexo da desaceleração da economia. A avaliação é do presidente da empresa, Rômulo Dias, em teleconferência com analistas nesta terça-feira. “O consumo também vai diminuir, como o menor crescimento das vendas do varejo já mostram”, diz ele.

Perda de mercado? – Segundo a Cielo, em um cenário apenas com a Redecard, a empresa ganhou 0,2 ponto percentual em participação de mercado na comparação com o trimestre anterior, atingindo 57,9%. O fim da exclusividade de cartões, no entanto, ainda é um pequeno entrave para a empresa.

Para evitar que uma eventual perda de mercado reflita nas contas, a Cielo espera bons resultados com a Elo, marca criada pelo Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal com foco na baixa-renda. “Já estamos vendo maiores volumes”, diz Eduardo Chedid, diretor executivo responsável pelas áreas de produtos.

Outro problema enfrentado pela Cielo é a perda de parcerias com varejistas, mas o presidente da empresa afirma que o cenário está em recuperação. “Com relação a grandes contas, esse processo se deu mais forte no quarto trimestre de 2010, mas desde então houve uma pequena recuperação”, diz.

A participação dos clientes classificados como pequenos e médios cresceu 3% na comparação com o trimestre passado e os grandes clientes encolheram 3%. Ainda assim, o volume financeiro de transações totalizou 80,5 bilhões de reais – uma alta de 20,4% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado.

Despesas – A alta de 39% nas despesas no trimestre, aos 165,7 milhões de reais, se deve a gastos com provisão para contingências e marketing (ações de trade, ações para fidelização de clientes e campanhas com parceiros, como bancos e clientes).

Dos 18 milhões em provisões, 12 milhões são despesas fiscais e outros 6 milhões em processos cíveis e trabalhistas. “Muitas das iniciativas de despesas operacionais são investimentos para ter mais receita. É uma estratégia deliberada”, diz Rômulo.

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