Aplicativo da InfinitePay: ferramenta Tap to Pay transforma celular em maquininha de pagamento
Repórter
Publicado em 30 de outubro de 2025 às 09h00.
Última atualização em 30 de outubro de 2025 às 09h11.
A CloudWalk, unicórnio brasileiro dona da InfinitePay, anunciou a captação de R$ 4,2 bilhões em seu novo fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), o FIDC Bela.
Com isso, a fintech marca o maior FIDC do ano no Brasil e a maior operação de sua história, superando o FIDC Pi, de junho, que captou R$ 3,14 bilhões.
O dinheiro será usado para antecipação de recebíveis de cartão de crédito de mais de 6 milhões de empreendedores que utilizam a InfinitePay, plataforma para microempreendedores da CloudWalk que já tem 6 milhões de clientes.
Pela InfinitePay, é possível transformar o celular numa maquininha de pagamento com a ferramenta Tap to Pay. Já o assistente de IA Jim ajuda na análise de fluxo de caixa até o aprimoramento de campanhas de vendas, oferecendo insights personalizados para cada negócio.
A operação contou com 87 veículos de investimento, incluindo nove assets e um multi-family office, além de um consórcio de grandes bancos como Itaú BBA, Bradesco BBI, UBS BB, BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), Santander, Safra e Banco Votorantim.
Fundada por Luis Silva, a CloudWalk atravessa um momento de grande crescimento. Em setembro, a fintech ultrapassou a marca de R$ 6,4 bilhões em receita anualizada e R$ 680 milhões de lucro líquido.
Em 2020, a receita anualizada era de apenas US$ 13 milhões (cerca de R$ 65 milhões na cotação da época) — ou seja, um salto de quase 80 vezes em apenas cinco anos.
Somente no primeiro semestre de 2025, a empresa gerou R$ 2,2 bilhões em receita e R$ 214 milhões de lucro líquido.
São fundos que compram "direitos" sobre valores devidos a empresas, como cheques, parcelas de carnês ou faturas de cartões de crédito. Em resumo, esses fundos compram a dívida que alguém tem com a empresa e ganham com isso.
Até 2023, os FIDCs eram exclusivos para investidores mais experientes, com certificações ou grandes fortunas. Mas, com a Resolução CVM 175, desde outubro de 2023, eles estão acessíveis para o público — algo que fez o número de investidores pessoa física disparar.
Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que as emissões de cotas de FIDCs atingiram R$ 97,9 bilhões ao final do terceiro trimestre de 2025.
Desde 2021, a CloudWalk estruturou 11 FIDCs, totalizando R$ 14,7 bilhões captados.
O novo fundo reforça a estratégia da companhia de diversificar suas fontes de funding, que incluem também CDBs e outras linhas de financiamento.