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Com Lírio Parisotto, Eternit deve seguir com diversificação

Investidor garantiu sua cadeira no Conselho de Administração da companhia, em disputa com acionistas que não concordavam com mudanças


	Lirio Parisotto: investidor detém 15,26% da Eternit por meio do fundo L Par
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Lirio Parisotto: investidor detém 15,26% da Eternit por meio do fundo L Par (Germano Lüders/EXAME.com)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 28 de abril de 2014 às 13h44.

São Paulo – A disputa pelo maior poder de decisão na Eternit chegou ao fim com a eleição de Lírio Parisotto, e outros acionistas, para o conselho de administração da companhia. O investidor detém 15,26% da companhia por meio de seu fundo L Par.

Segundo informações do Valor Econômico, Parisotto teria comprado e alugado mais ações para participar da última assembleia, de 23 de abril, com a finalidade de aumentar seu poder de voto.

Luiz Barsi teria ficado de fora do conselho de administração e o antigo presidente, Sergio Melleiro, também. 

Além do bilionário, foram eleitos Luis Terepins, como presidente, Benedito Carlos Dias da Silva, Leonardo Deeke Boguszewski, Marcelo Gasparino da Silva e Marcelo Munhoz Auricchio.

No conselho, Parisotto pode agora tentar colocar em prática os planos de seguir diversificando os ramos de atuação da empresa, cujo principal negócio é fabricar telhas de amianto, substância proibida em dezenas de países por causar câncer se manuseada sem proteção.

A Eternit, inclusive, briga na justiça para não ter de pagar o processo trabalhista mais caro da história do Brasil. A empresa teria de indenizar cerca de 10.000 trabalhadores que teriam sido afetados na sua extinta fábrica de Osasco, em São Paulo, fechada nos anos 90.

O racha

De acordo com a matéria publicada na edição 1063 de Exame, o racha entre os sócios da Eternit se deu há algum tempo por conta de opiniões antagônicas sobre o futuro da empresa.

De um lado estaria Luiz Barsi, ex-corretor da Bovespa, e um grupo de acionistas que discorda dos rumos de diversificação de negócios pelo qual passa hoje a companhia. 

De outro, o bilonário Parisotto e os que concordam em manter a diretoria atual e os planos de investir em novos segmentos, além da fabricação de um produto que corre o risco de ser proibido no país - apesar do Brasil ainda ser um dos emergentes que mais produz o material.

Barsi, com 13,56% das ações da empresa, perdeu uma cadeira no conselho na última eleição dos acionistas. A seu pedido a votação teria sido via voto múltiplo, quando os votos são feitos em candidatos individuais e não em chapa de consenso. 

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