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Com Loft e Housi entre clientes, proptech Captei levanta R$ 7,5 mi

A proptech catarinense Captei quer facilitar o processo de captação de novos imóveis. Para isso, startup recebeu novos R$ 7,5 milhões

Leonardo Gomes, Diego Moeller e Jonathan Gomes, sócios da Captei (Captei/Divulgação)

Leonardo Gomes, Diego Moeller e Jonathan Gomes, sócios da Captei (Captei/Divulgação)

A startup catarinense Captei, dedicada ao mercado imobiliário, anunciou um aporte de R$ 7,5 milhões em uma rodada seed liderada pela gestora de venture capital DOMO Invest, com participação da ACE Startups e do fundo Terracotta Ventures, especializado no setor imobiliário e de construção.

Fundada em 2019 na cidade de Florianópolis (SC), a Captei é resultado dos esforços empreendedores dos sócios Leonardo Fabra Gomez, Jonathan Fabra Gomes e Diego Moeller. A startup atua com imobiliárias, criando sistemas que facilitam o processo de captação de novos imóveis. Já são mais de 900 clientes na carteira da Captei, incluindo grandes empresas do setor como Housi, Loft e a também catarinense Brognoli.

A ideia para o negócio surgiu da experiência dos sócios com o mercado imobiliário, graças à uma empresa de software dedicada ao setor, explica Gomez, CEO da Captei, em entrevista à EXAME. “Nessa criação de tecnologia, percebemos que uma das principais dores era justamente a parte de captação de imóveis”, diz. “Mesmo tentando resolver aquele problema, nossas soluções eram superficiais”.

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Decididos a criar uma solução que resolvesse o principal problemas daquelas empresas, a Captei, como sugere o nome, criou uma solução dedicada ao processo de captação, dando uma cara mais digital e ágil para imobiliárias interessadas em enriquecer o portfólio de casas e apartamentos à disposição dos clientes.

A startup tem basicamente dois modelos de negócio. O primeiro deles, inspirado QuintoAndar, funciona sob a lógica de indicações: pessoas físicas podem indicar imóveis na plataforma desenvolvida pela Captei e então receber uma remuneração por isso. Já o segundo consiste em uma ferramenta white label e adaptável, como um software as service (SaaS), por onde imobiliárias podem digitalizar o processo de captação e gestão de indicações. Nesse último, as empresas pagam uma mensalidade para usar o software.

“Queremos digitalizar o processo de captação e gestão para essas imobiliárias, ainda carentes de uma plataforma de gestão e dar a elas um meio por onde possam dar os feedbacks sobre quando e quanto cada cliente irá receber pelas indicações, atualizando passo a passo, pois sabemos que hoje 90% do mercado não oferece isso”, diz. Gomez.

Planos futuros

Agora capitalizada, a Captei quer expandir sua atuação. Em grandes números, a startup está presente em 70 municípios, 19 estados e tem mais de 60 mil usuários fazendo indicações pela plataforma. Com o investimento, o olhar também é para fora. Segundo o CEO, a Captei já tem projetos piloto na Espanha e logo vão chegar ao México. Por isso, parte do capital será usado na adaptação do software para os mercados internacionais.

Em outra frente, a Captei pretende consolidar a primeira aquisição de sua história. No início deste ano, a empresa comprou a Woliver, startup que digitaliza a locação de imóveis, da análise de crédito, garantias de locação, agendamento de visitas a assinatura de contratos.

O interesse pela empresa, segundo Gomez, se justifica pelo desejo de atender as imobiliárias atentas ao movimento de digitalização do setor. “Nossa tentativa é de ter o processo mais simplificado para essas imobiliárias e seus clientes. Por isso entramos nesse esforço de transformação digital”, diz.

O novo cheque também deve ser usado para novas contratações, especialmente nos times de tecnologia – profissionais cada vez mais requisitados na região. “É uma briga acirrada. Por aqui, competimos por talentos com empresas como RD Station e Exact Sales. Precisamos nos preparar para ter um ambiente agradável para os funcionários, bons benefícios e ser capaz de atrair esses talentos”, diz.

Nos próximos 12 meses, a Captei estima pelo menos 2.000 imobiliárias clientes e uma receita mensal recorrente de R$ 2 milhões, quatro vezes maior do que a atual. “Essa rodada vai nos ajudar, a começar pelos investidores experientes que se conectam conosco agora. Sabemos para onde ir e como chegar lá”.

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