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Redatora
Publicado em 11 de julho de 2025 às 17h53.
Última atualização em 11 de julho de 2025 às 17h54.
Aos 23 anos, Xavier Aguera, Charles Brun e Quentin Couturier tinham em comum um sonho antigo: empreender.
Com pouco mais de US$ 6.000 cada no bolso e nenhuma experiência na indústria óptica, os três amigos de infância fundaram em 2010 a See Concept — hoje conhecida como Izipizi.
Quinze anos depois, a marca francesa de óculos está presente em 85 países, soma US$ 60 milhões em receita anual e se prepara para conquistar o mercado americano. As informações foram retiradas da Forbes.
O insight inicial veio da observação cotidiana: a mãe de um dos fundadores vivia perdendo os óculos em restaurantes e bancos.
A solução? Criar um sistema de autoatendimento de óculos de leitura em locais públicos.
Lançada em Paris como uma marca acessível e descolada, a See Concept nasceu ao mesmo tempo que a americana Warby Parker, mas trilhou um caminho distinto.
Enquanto a rival apostou na venda direta ao consumidor, a Izipizi priorizou presença física, acreditando que a experiência em loja era essencial para o público francês.
Nos dois primeiros anos, o trio entendeu que o mercado estava além dos suportes públicos: o real potencial estava na reinvenção dos óculos de leitura como acessórios de moda e estilo de vida.
O sucesso começou a ganhar escala após as primeiras aparições da marca em feiras internacionais e, especialmente, com a entrada nas vitrines da luxuosa boutique parisiense Colette.
O faturamento saltou para US$ 4 milhões em 2013, com lucro líquido — o primeiro da história da empresa.
Para sustentar a expansão, os fundadores levantaram cerca de US$ 800 mil entre 2012 e 2013 em rodadas com amigos e familiares, cedendo participação minoritária a dois investidores.
A produção foi transferida para Taiwan, e os óculos passaram a ser vendidos em grandes lojas de departamento da Europa, como Selfridges, Harrods e Le Bon Marché.
A marca também apostou na força do branding: em 2017, passou a se chamar Izipizi, uma referência sonora a “easy peasy” (fácil demais), com uma identidade mais leve, moderna e global.
A jornada da empresa mostra também o valor da visão de longo prazo. Giovanni não buscou resultados imediatos, mas construiu uma trajetória baseada em metas calculadas, disciplina financeira e estrutura sólida— uma aula prática de como transformar uma empresa familiar em um conglomerado global.
A atuação desses empreendedores demonstra como as finanças corporativas são fundamentais para a expansão empresarial.
Por isso, a EXAME, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, lançou o Pré-MBA em Finanças Corporativas — um treinamento criado para quem quer dominar a lógica dos números e utilizá-la como diferencial na trajetória profissional, por R$37,00.