(Hot Beach/Divulgação)
Freelancer
Publicado em 15 de novembro de 2025 às 11h24.
Sol, toboágua e estratégia. Essa é a combinação que vem levando o Hot Beach Parques & Resorts a bater recordes em Olímpia, a 430 quilômetros da capital São Paulo.
Com crescimento de 25% no faturamento no terceiro trimestre, o grupo mostra que, por trás da diversão, há uma engrenagem comercial cada vez mais eficiente.
O Hot Beach reúne parque aquático e quatro resorts na cidade do interior paulista. A operação deve fechar 2025 com faturamento de 650 milhões de reais, ante 520 milhões em 2024.
A taxa média de ocupação subiu mais de 20% em relação ao ano anterior e, na alta temporada, já chega a 90%.
A aceleração veio após a reestruturação das áreas de marketing, vendas e revenue management, sob liderança de Rodrigo Vaz, diretor de Marketing e Vendas, ao lado de Marcela Lacerda, Aline Farias e Márcia Tarnowski.
As campanhas de live commerce, os programas de fidelização e as parcerias com o trade turístico sustentaram o avanço.
“Esse crescimento é o reflexo de uma equipe altamente comprometida e alinhada. A reestruturação nos permitiu integrar de forma mais eficiente os pilares de marketing, vendas e revenue. Com isso, conseguimos transformar estratégia em resultado”, afirma Vaz.
Para os próximos meses, o grupo aposta em digitalização, eficiência e fortalecimento da marca. A alta temporada já tem mais de 80% das reservas confirmadas para Natal e Réveillon, e a expectativa é manter o ritmo no início de 2026.
A história do Hot Beach começa em 1981, com a Ferrasa, construtora fundada pelos engenheiros Newton Ferrato, Flávio Santana e Sérgio Mazitelli. Atuava em obras públicas e pequenos empreendimentos em Olímpia.
“Mesmo como uma empresa jovem, a gente sempre teve o compromisso de entregar mais do que prometia, com qualidade e honestidade”, conta Sérgio Ney, hoje CEO do grupo.
Nos anos 2000, já com Rodrigo Vaz como consultor, os fundadores se uniram ao empresário Benito Benatti, do clube Thermas dos Laranjais, e criaram a operadora Termas Tour, voltada ao turismo local.
Com o aumento no fluxo de visitantes, nasceu o primeiro hotel de lazer, o Thermas Park Resort & Spa, inaugurado em 2001 — hoje rebatizado como Hot Beach Raízes.
Vieram depois o Hot Beach Celebration Resort, em 2010, o parque aquático Hot Beach Olímpia, em 2017, e os projetos de multipropriedade Hot Beach Suites e Hot Beach You, este último com entrega prevista até 2030.
A expansão enfrentou percalços.
Entre 2016 e 2018, o grupo passou por instabilidade econômica. Em seguida, pela paralisação total durante a pandemia. “Entrávamos nos resorts apagados. Foram seis meses duros, com tudo fechado. Mas conseguimos manter 70% da equipe e saímos mais fortes da pandemia”, lembra Vaz.
Hoje, o grupo gera entre 1.200 e 1.400 empregos diretos, dependendo da sazonalidade.
“O grande motivo do nosso sucesso é o time. São pessoas que entram com a cabeça e o coração”, diz o executivo.
Entre os desafios atuais, o foco está em reduzir os efeitos da sazonalidade e ampliar o perfil do público. Uma das apostas é o segmento corporativo, que cresceu 40% em 2025 com eventos e convenções de diferentes portes.
Com 1,1 milhão de visitantes por ano, o Hot Beach Olímpia é hoje o quarto parque aquático mais visitado da América Latina.
Para sustentar o crescimento, o grupo passou por um rebranding e unificou a identidade dos empreendimentos sob a marca Hot Beach. O antigo Thermas Park virou Hot Beach Raízes, e o restaurante de alta gastronomia passou a se chamar Terraço Hot Beach.
“A reorganização das marcas facilita a comunicação e reforça a identidade do complexo”, explica Vaz.
A Black Friday de 2025 será a próxima aposta comercial, com ações digitais e novas rodadas de live commerce. “Nosso propósito é levar mais vida para a vida das pessoas. E isso começa dentro de casa, com um time que entrega alegria e bem-estar”, afirma.
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