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Compra da Eldorado por rival será positiva, diz Rabello de Castro

O presidente do BNDES disse que tem preferência por uma "solução nacional", referindo-se à possibilidade de aquisição da empresa pela chilena Arauco

Paulo Rabello de Castro: "Vejo de forma positiva. Estamos confortáveis com o fato de estarmos diante de duas campeãs nacionais" (Pilar Olivares/Reuters)

Paulo Rabello de Castro: "Vejo de forma positiva. Estamos confortáveis com o fato de estarmos diante de duas campeãs nacionais" (Pilar Olivares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 18h59.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2018 às 18h01.

São Paulo - A possível aquisição da Eldorado Brasil pelas rivais Fibria ou Suzano é algo positivo por envolver duas campeãs nacionais, afirmou nesta segunda-feira o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro.

"Vejo de forma positiva. Estamos confortáveis com o fato de estarmos diante de duas campeãs nacionais. Não podemos deter isso, quanto mais campeãs, melhor", destacou o presidente do BNDES no intervalo do 16° Congresso Brasileiro do Agronegócio, em São Paulo.

Rabello de Castro também disse que tem preferência por uma "solução nacional" em relação à Eldorado Brasil, referindo-se à possibilidade de aquisição da empresa da holding J&F pela chilena Arauco.

"Nós estamos muito satisfeitos que seja uma solução nacional, preferivelmente, embora nossos irmãos chilenos tenham portas abertas", afirmou. O BNDES é atualmente sócio da Fibria, com participação de cerca de 30 por cento.

JBS

O presidente do BNDES deu a entender ainda que a saída de Wesley Batista da presidência da JBS, controlada também pela J&F, seria positivo.

"Foi um jogador que fez gols, mas não quer dizer que o técnico vai escalá-lo no próximo jogo", disse Castro. "Acho que um bom jogador precisa, no mínimo, mudar de posição", comentou.

A Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da JBS para tratar de mudanças no comando da empresa será em 1° de setembro e para o presidente do BNDES a deliberação sobre a saída do executivo não será imediata.

"O que temos de fazer, com um pouco de gradualismo, é dar a chance para que essa empresa tenha um espaço financeiro para que não cause mais aperto ao setor pecuário brasileiro, para que os preços (do boi gordo) comecem a se recuperar na entressafra e a empresa volte a comprar", destacou.

Para Castro, o importante é a "absoluta profissionalização da gestão" da JBS.

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