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Dassault-Falcon estuda duplicar capacidade de centro em Sorocaba

Para a fabricante, em jatos executivos, a China vai ultrapassar EUA como maior mercado em 2011

Dassault-Falcon: a expectativa da empresa é que o Brasil continue a ser seu quinto mercado mais importante (Divulgação)

Dassault-Falcon: a expectativa da empresa é que o Brasil continue a ser seu quinto mercado mais importante (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2012 às 13h13.

São Paulo - Há três anos, a Dassault-Falcon investiu em um centro de serviços em Sorocaba. Apesar de ele ainda estar em fase inicial, a fabricante estuda a possibilidade de dobrar sua capacidade. “Não há uma decisão ainda, mas é algo que estamos olhamos”, disse Jean Rosanvallon, presidente e CEO da Dassault-Falcon.

O executivo calcula que, se a empresa dobrar sua frota no país em dez anos, haverá a necessidade de mais serviços. Há 40 jatos no Brasil da Dassault-Falcon. Até o final de 2012 a companhia espera entregar mais 10.  

O Brasil é um dos países onde a fabricante tem melhor market share, 65%, sendo que a média no mundo é de 40% - com exceção da França, Itália e alguns países europeus.  “Como investimos cedo no Brasil, fomos bem sucedidos em participação de mercado aqui”, disse o presidente. 

A expectativa é que o Brasil continue a ser o quinto mercado mais importante para a Dassault-Falcon, posição que o país já ocupou em 2007. A empresa não considera as quase inexistentes vendas em 2009 e 2010 – consequência da crise econômica de 2008. “Melhor esquecer esses anos”, disse Rosanvallon. 

Ainda não é possível prever se a mesma queda de vendas se repetirá com a recente crise econômica mundial, segundo Rosanvallon. Mas as expectativas para o Brasil são boas. “Como em 2009 e 2010, os BRICs serão mais bem sucedidos que Estados Unidos e Europa”, disse. 

China

A Dassault-Falcon, acredita que, nesse ano, deve vender mais jatos executivos para a China do que para os Estados Unidos. Para Rosanvallon, a China será seu maior mercado em 2011 – e os Estados Unidos não serão nem o segundo.

Entre a década de 70 e 2005, os Estados Unidos eram o primeiro mercado. Entre 2006 e 2008, a Europa ocupou a primeira posição. Mesmo que a China seja o primeiro mercado esse ano, a importância dos americanos ainda estará mantida, pois há muita oportunidade de substituição dos modelos que estão em circulação lá. “Serão 100 jatos na China e mais de 10.000 nos Estados Unidos”, comparou Rosanvallon.

Falcon

A Dassault-Falcon está trabalhando em novas aeronaves do modelo Falcon - que só estarão disponíveis em 2016. Recentemente, a fabricante teve um problema com o modelo Falcon 7X. Os aviões já receberam a modificação necessária, segundo Rosanvallon, que não revela o valor que perdeu com o incidente. “Foram muitos milhões”, disse.

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