Negócios

Depois da Shein, França denuncia seis sites por venda de itens ilícitos

Governo francês levou à Justiça AliExpress, Joom, eBay, Temu, Wish e Amazon por venda de itens ilegais

Shein: empresa abriu loja física em Paris no último dia 5 de novembro (Stéphane Ouzounoff/Hans Lucas/AFP/Getty Images)

Shein: empresa abriu loja física em Paris no último dia 5 de novembro (Stéphane Ouzounoff/Hans Lucas/AFP/Getty Images)

Publicado em 14 de novembro de 2025 às 21h37.

O governo da França ampliou, nesta sexta-feira, 14, as ações contra grandes plataformas de comércio online.

Após denunciar a Shein, o ministro do Comércio, Serge Papin, informou ao jornal Le Parisien que outras seis empresas — AliExpress, Joom, eBay, Temu, Wish e Amazon — foram levadas à Justiça por comercializar produtos proibidos ou falharem no bloqueio de conteúdo pornográfico destinado a menores.

Segundo a unidade antifraude francesa, as investigações identificaram “que a AliExpress e Joom também vendiam bonecas pedopornográficas” e que Wish, Temu, AliExpress e eBay “vendiam armas de categoria A, como socos ingleses e facões”.

O ministério também apontou que Wish, Temu e Amazon “não respeitavam suas obrigações de filtrar” imagens de teor pornográfico, permitindo que menores tivessem acesso ao conteúdo.

Papin afirmou que “notificamos o procurador da República sobre todas as plataformas que ofereciam conteúdos ilícitos".

Força tarefa da França

Procurado pela AFP, o eBay declarou que continuará “trabalhando incansavelmente para impedir a venda de artigos proibidos em sua plataforma” e “cooperando” com as autoridades da França. As demais empresas mencionadas — exceto Shein — não responderam aos pedidos de comentário da agência.

Na semana passada, o governo já havia informado que constatou a venda de produtos ilegais em diversas plataformas além da empresa chinesa e prometeu “novos processos”.

A Shein, anteriormente flagrada com bonecas sexuais de aparência infantil e armas de categoria A, removeu os itens e, até agora, evitou a suspensão na França, embora os processos sigam em andamento.

A empresa deve comparecer na terça-feira, 18, à Assembleia Nacional para prestar esclarecimentos sobre controles de produtos importados, mas ainda não confirmou presença.

A Shein inaugurou sua primeira loja física no país em 5 de novembro, na famosa loja de departamentos BHV, no centro de Paris, e planejava abrir novas unidades. Essas inaugurações, porém, serão adiadas por “alguns dias ou algumas semanas” para ajustar “a oferta” e a “política de preços”, informou Frédéric Merlin, responsável pela empresa proprietária da BHV.

*Com informações da AFP

Acompanhe tudo sobre:SheinFrança

Mais de Negócios

Distribuidora de lubrificantes azeita expansão com sua nova sede no PR

Do Piauí ao mundo: Como um colégio de Teresina virou referência em aprovações no ITA e no exterior

Como uma marca de jeans saiu de US$ 100 mil para US$ 16 mi sem gastar com anúncios

De sem-teto a CEO da IA: como o TikTok virou o motor do seu império financeiro