Os sócios fundadores Leonardo Callou (à frente, no centro) e Thales Tarré (à frente, na ponta direita) com sócios e parte da equipe Calta; ao fundo, Hélio Maia, Joélcio Resende, Alberto Marino e Raphael Schiavo; à frente, Edson Ferreira, Eduardo Chiani e Rodrigo Garcia: excelência técnica e operação “client first” (Divulgação/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 9 de setembro de 2025 às 14h16.
Fundada há pouco mais de dois anos no Rio de Janeiro, a Calta Capital nasceu sem carteira herdada ou clientes transferidos, uma raridade no setor de assessoria de investimentos. Criada por Thales Tarré e Leonardo Callou, a gestora uniu experiências complementares — Tarré no mercado de crédito privado e B2B e Callou como gestor de fundo multimercado — para montar um escritório “como gostariam de ser atendidos como clientes”.
O início foi marcado pela veia empreendedora e pela construção de confiança. Em pouco mais de seis meses, a Calta já celebrava seu primeiro marco: R$ 100 milhões sob custódia.
Pouco tempo depois, uma operação de fusão e aquisição dobrou o tamanho da empresa, levando à marca de R$ 500 milhões. Hoje, o escritório atende entre 600 e 700 clientes, com uma média de 50 a 60 por assessor — número considerado saudável para manter proximidade e qualidade no atendimento.
“Nosso maior diferencial é o foco no cliente: entregar o que ele precisa, como e quando precisa, independentemente do retorno financeiro para o escritório”, afirma Thales Tarré.
A filosofia “client first” está no centro da cultura da Calta, que se posiciona como uma espécie de one-stop shop, oferecendo não apenas investimentos, mas também buscando ampliar soluções em seguros, crédito, sucessão patrimonial, consórcios e previdência.
Se os dois primeiros anos mostraram a capacidade da Calta de crescer de forma orgânica e via M&A, a parceria com o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME) marca o início de uma nova fase.
Para os sócios, o banco trouxe proximidade, investimento e, sobretudo, a expertise acumulada em atender clientes sofisticados no Brasil e no exterior. “A cultura forte do BTG, somada à sua presença global, nos dá a possibilidade de avançar em segmentos estratégicos, como empresas e clientes private, que exigem estruturas mais complexas”, diz Tarré.
O nome Calta é resultado da junção dos sobrenomes de seus fundadores — Callou e Tarré —, mas também remete às palavras “cautela” e “alta”, valores que traduzem a filosofia da empresa: proteger e ampliar o patrimônio dos clientes de forma consistente.
A sede no Rio de Janeiro, instalada em um sobrado histórico, foi escolhida para reforçar essa proposta de relacionamento próximo, com espaço para eventos e experiências.
Com marcos importantes em pouco tempo de atuação, a Calta Capital agora aposta na parceria com o BTG Pactual como catalisador de um futuro ainda mais ambicioso. “Estamos construindo um negócio para durar 20, 30 anos. A união com o BTG nos dá qualidade, portfólio de serviços e possibilidade de crescimento”, conclui Tarré.
Com o suporte do maior banco de investimentos da América Latina, o escritório traçou uma agenda clara: instalar presença física em São Paulo, alcançar o primeiro bilhão sob custódia em até dois anos e, no médio prazo, atingir R$ 3 bilhões em cinco anos.
A expansão seguirá apoiada em dois pilares: a atração de assessores já consolidados e novas operações de M&A. “Buscamos sócios empreendedores e flexíveis, que tragam carteiras relevantes e se integrem à nossa cultura”, afirma o fundador.