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Eike e mais sete são acusados de formação de quadrilha

Ministério Público Federal em São Paulo denunciou empresário e ex-executivos da OGX por diversos crimes


	Eike Batista e outros sete são acusados de diversos crimes pelo MPF
 (Fabio Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Eike Batista e outros sete são acusados de diversos crimes pelo MPF (Fabio Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 13h37.

São Paulo - Eike Batista e outros sete ex-executivos da OGX foram denunciados pelo Ministério Público Federal em São Paulo por falsidade ideológica, indução de investidores a erro e formação de quadrilha.

A informação de que o MPF estava investigando Eike foi antecipada pela coluna Primeiro Lugar On-line, da revista EXAME.

Segundo comunicado do MPF, eles são acusados de induzir milhares de investidores ao erro quando anunciarem informações inverídicas sobre o potencial da petroleira.

"O grupo prometeu a realização de negócios bilionários em operações de extração de petróleo nas bacias de Campos e Santos, mas as projeções foram baseadas em dados inverídicos", disse o MPF, em nota.

Além de Eike, Paulo Mendonça, ex-diretor de exploração e ex-diretor-presidente da OGX, Marcelo Torres e Roberto Monteiro, ex-diretores financeiros e de relações com investidores, Reinaldo Vargas, ex-diretor de produção, Paulo Guimarães, ex-diretor de exploração, Luís Eduardo Carneiro, ex-presidente da OGX e da OSX, e José Roberto Cavalcanti, ex-diretor jurídico, tiveram seus nomes citados no processo.

Ainda de acordo com a Justiça, todos incorreram em falsidade ideológica, indução de investidores a erro e formação de quadrilha. Eles também foram denunciados por manipulação do mercado de capitais.

“Tais fraudes atingiram diretamente a credibilidade e a eficiência do mercado de capitais brasileiro ao contaminar, no período de 2009 a 2013, a negociação de milhões de ações da OGX e da OSX, com o envolvimento de agentes financeiros, igualmente ludibriados pelas falsas informações produzidas em seu âmbito”, disse Karen Louise Jeanette Kahn, a procuradora da República e autora da denúncia.

Para ela, tais condutas desaguaram no prejuízo a milhares de investidores, no Brasil e no estrangeiro, além do consequente influxo de investimentos em ativos mobiliários negociados no país.

Se condenado, Eike  pode ser obrigado a cumprir de quatro a 14 anos de prisão.

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