Negócios

Eletrobras não consegue retomar licenciamento de Tapajós

Presidente do Ibama diz que há impedimentos legais e constitucionais ao licenciamento ambiental por causa da necessidade de remover aldeias indígenas na região


	Eletrobras: presidente do Ibama diz que há impedimentos legais e constitucionais ao licenciamento ambiental por causa da necessidade de remover aldeias indígenas na região
 (Nadia Sussman/Bloomberg)

Eletrobras: presidente do Ibama diz que há impedimentos legais e constitucionais ao licenciamento ambiental por causa da necessidade de remover aldeias indígenas na região (Nadia Sussman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2016 às 19h35.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (<a href="https://exame.com.br/topicos/ibama"><strong>Ibama</strong></a>) negou hoje (28) o recurso apresentado pela <a href="https://exame.com.br/topicos/eletrobras"><strong>Eletrobras</strong></a> para que fosse retomado o processo de licenciamento ambiental da <a href="https://exame.com.br/topicos/usinas"><strong>Usina</strong></a> <a href="https://exame.com.br/topicos/hidreletricas"><strong>Hidrelétrica</strong></a> São Luiz do Tapajós, no Pará, que havia sido arquivado pelo Ibama no mês passado. </p>

Depois do arquivamento, a Eletrobras apresentou um último recurso ao órgão ambiental tentando retomar a análise ambiental do empreendimento.

Em ofício ao presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, a presidente do Ibama, Suely Araújo, diz que há impedimentos legais e constitucionais ao licenciamento ambiental do empreendimento por causa da necessidade de remoção das aldeias indígenas na região.

“Entendo que, enquanto não solucionada pelas autoridades legalmente competentes a controvérsia acerca de demarcação e do respectivo perímetro da terra indígena em questão, não há como dar seguimento ao processo de licenciamento do empreendimento”, diz a presidente do Ibama.

O processo de licenciamento de Tapajós foi arquivado pelo Ibama no início de agosto por falta de informações nos estudos de impacto ambiental sobre os ecossistemas da região e os impactos socioeconômicos do empreendimento.

A decisão do Ibama também considerou ofício da Fundação Nacional do Índio (Funai), indicando impedimentos legais e constitucionais ao licenciamento ambiental do empreendimento em razão do componente indígena.

“Nesse contexto, considerando a insuficiência dos estudos ambientais apresentados no âmbito do processo de licenciamento, a extrapolação do prazo para as complementações, bem como as pendências relacionadas ao componente indígena, indefiro o pedido de reconsideração/recurso administrativo interposto pelas Centrais Elétricas Brasileiras – Eletrobras”, diz o ofício do Ibama.

Depois do arquivamento do processo de licenciamento ambiental pelo Ibama, o governo decidiu que não vai levar adiante o projeto, pelo menos por enquanto. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse que a ideia da construção da usina vai ficar suspensa e os estudos ambientais já feitos ficarão à disposição do país para outro momento.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasHoldingsEstatais brasileirasEnergia elétricaEmpresas estataisServiçosEletrobrasIndígenasUsinasHidrelétricasIbama

Mais de Negócios

'Nosso maior desafio é o mercado ilegal de combustíveis', diz presidente da Ipiranga

38 franquias baratas a partir de R$ 4.990 para trabalhar em cidades pequenas (e no interior)

Quais são os maiores supermercados do Rio Grande do Sul? Veja ranking

Brasileiro mais rico trabalhou apenas um ano para acumular fortuna de R$ 220 bilhões