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Em um ano, estes bilionários dobraram para US$ 1,4 bilhão o lucro da startup que criaram

Startup criada em 2015 por Nik Storonsky dobra o lucro em 2024, mira 100 milhões de clientes e se consolida como a fintech privada mais valiosa da Europa

Nik Storonsky e Vlad Yatsenko, da Revolut: ""Nosso foco não é se ou quando vamos fazer IPO" (Revolut/Divulgação)

Nik Storonsky e Vlad Yatsenko, da Revolut: ""Nosso foco não é se ou quando vamos fazer IPO" (Revolut/Divulgação)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 26 de abril de 2025 às 14h26.

Em menos de uma década, a Revolut se transformou de uma startup de pagamentos em uma gigante das finanças digitais na Europa.

Agora, a empresa criada por Nik Storonsky eVlad Yatsenko alcançou um novo marco: em 2024, dobrou seu lucro e atingiu 1,4 bilhão de dólares de resultado antes de impostos.

A Revolut, fundada em 2015 em Londres, ampliou sua base para 52,5 milhões de usuários e se tornou a fintech privada mais valiosa da Europa, avaliada em 45 bilhões de dólares.

A história merece atenção agora porque, além de ter acelerado o crescimento de clientes, a empresa conseguiu aumentar drasticamente o engajamento dos usuários e expandir suas receitas em 72%, atingindo 4 bilhões de dólares.

Para o futuro, a Revolut mira alto: atingir 100 milhões de clientes ativos diários em 100 países. A fintech também planeja lançar oficialmente seu banco no Reino Unido e expandir sua atuação na América Latina e na Índia.

O salto nos resultados

O crescimento da Revolut em 2024 foi puxado por uma combinação de aumento da base de clientes e diversificação de receitas.

O volume total de transações subiu 52%, chegando a 1,3 trilhão de dólares, enquanto os saldos de clientes cresceram 66%, atingindo 38 bilhões de dólares.

A divisão de Wealth foi o destaque, com aumento de 298% na receita, totalizando 647 milhões de dólares, impulsionada pelo uso da plataforma para investimentos e criptomoedas. O negócio de pagamentos com cartão cresceu 43%, gerando 887 milhões de dólares em receitas.

A receita com câmbio também teve expansão de 58%, atingindo 540 milhões de dólares. Já o segmento de assinaturas avançou 74%, alcançando 541 milhões de dólares com a ampliação dos benefícios dos planos pagos.

O interesse sobre os depósitos dos clientes rendeu 1 bilhão de dólares para a fintech — a maior fonte de receita do ano —, com alta de 58% sobre o ano anterior.

Estratégias para manter o ritmo

Para sustentar esse crescimento, a Revolut ampliou a oferta de produtos. Lançou o programa de fidelidade RevPoints, que já atraiu 6,6 milhões de usuários desde junho de 2024, e expandiu sua plataforma de investimentos, incluindo o Revolut X para criptoativos e a oferta de bonds europeus.

A empresa também fortaleceu sua área de crédito, com aumento de 86% no portfólio de empréstimos, e iniciou testes internos para lançar hipotecas no Reino Unido.

A Revolut investiu 591 milhões de dólares em marketing e vendas, mas 65% dos novos usuários ainda chegam por indicação, reforçando o impacto do boca a boca na expansão da marca.

Expansão internacional e obstáculos

O plano de crescimento global prevê a entrada em novos mercados e a obtenção de mais de dez licenças bancárias em diferentes países.

O lançamento formal do banco no Reino Unido também está no radar, após a concessão de uma licença limitada em 2024. A operação permitirá à Revolut expandir seus serviços de depósito e crédito, fortalecendo seu posicionamento frente a bancos tradicionais.

No entanto, a expansão traz riscos. As exigências regulatórias nos novos mercados são altas, e a adaptação de produtos locais pode consumir parte da margem de lucro conquistada nos últimos anos.

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