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Embraer quer distribuir dividendos extraordinários após acordo com Boeing

A estatal deve distribuir US$ 1,6 bilhão em dividendos a conclusão do negócio com a Boeing, que renderá à brasileira cerca de US$ 3 bilhões líquidos

Logo da Embraer: a estatal defende que a "Nova Embraer" será um ativo valioso a seus acionistas (Paul Thomas/Bloomberg/Bloomberg)

Logo da Embraer: a estatal defende que a "Nova Embraer" será um ativo valioso a seus acionistas (Paul Thomas/Bloomberg/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 14h11.

São Paulo - A Embraer comunicou na manhã desta quarta-feira, 16, que pretende distribuir a seus acionistas aproximadamente US$ 1,6 bilhão em dividendos extraordinários após a conclusão do negócio com a norte-americana Boeing, que renderá à brasileira cerca de US$ 3 bilhões líquidos.

A empresa estima que ficará com robusto balanço no fechamento da operação, com US$ 1 bilhão em caixa líquido, bonds transferidos para a joint venture em aviação comercial, além de uma estrutura de capital fortalecida para suportar novas oportunidades de crescimento.

Em apresentação para investidores arquivada na CVM, a brasileira defende que a "Nova Embraer" será um ativo valioso a seus acionistas. A transação com a Boeing otimizará as operações de aviação executiva e Defesa &

Segurança, que permanecem 100% sob o guarda-chuva da Embraer, e trará sinergias anuais de US$ 50 milhões aos segmentos, destaca a empresa. Além disso, a Embraer frisa que terá um upside com a participação de 20% na joint venture de aviação comercial, que deverá deslanchar com o apoio e escala da Boeing.

A empresa aposta que os principais catalisadores de receita da "Nova Embraer" após 2020 - quando a transação com a Boeing já deverá estar concluída - serão a joint venture para promoção e desenvolvimento do KC-390 (na qual a brasileira detém participação majoritária de 51%), oportunidades do Super Tucano e novos programas de Defesa, a posição de liderança em jatos executivos light/midsize e as receitas de serviços.

Sobre as margens operacionais da "Nova Embraer", a companhia espera resultados positivos de sua estratégia de rentabilidade em aviação executiva, do novo momento do programa KC-390 - passando do desenvolvimento para produção do jato militar - e dos ganhos de escala da parceria com a Boeing.

Divisão da Embraer

O arquivo traz ainda alguns detalhes sobre a separação física do braço de aviação comercial da brasileira para se juntar à Boeing.

Das plantas de montagem final, a unidade de São José dos Campos (SP) será englobada pela joint venture, enquanto as de Gavião Peixoto (SP), Jacksonville (Flórida) e Melbourne (Flórida) permanecerão sob o guarda-chuva da "Nova Embraer".

Já entre as plantas industriais, as de São José dos Campos (SP), Évora (Portugal), ELEB (SP) ficarão com a nova empresa, enquanto Gavião Peixoto (SP), Eugênio de Melo (SP), EAST (Flórida) e Botucatu (SP) seguem com a Embraer.

A Embraer realiza nesta quarta-feira um dia com investidores em Nova York, das 12h30 às 15h10 (horário de Brasília).

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