Redatora
Publicado em 22 de julho de 2025 às 13h33.
Catalina Mendoza, de 26 anos, co-fundadora da marca europeia de bolsas The Tote Library, precisou suspender as vendas para os Estados Unidos após o aumento das tarifas de importação.
As vendas, que representavam metade de seu faturamento, geraram impacto no caixa e na estratégia do negócio, o que acendeu alertas sobre dependência de mercados únicos e os riscos externos na gestão financeira. As informações foram retiradas do Business Insider.
O plano era claro: escalar o negócio de bolsas fundado em 2022, ampliar o portfólio de produtos e estabelecer a presença da marca no mercado norte-americano.
Mendoza, então estudante de arte na Alemanha, criou a The Tote Library com o marido, e logo viu os primeiros vídeos no TikTok impulsionarem as vendas.
A aceitação foi imediata. Mesmo com sede na Europa, cerca de 50% da receita vinha dos Estados Unidos.
Isso levou o casal a investir fortemente no mercado americano: mais de US$ 32 mil em campanhas publicitárias, parcerias com influenciadores e o envio de mais de mil bolsas como amostra. A ambição era abrir um centro logístico nos EUA para acelerar as entregas.
O crescimento foi interrompido quando as tarifas de importação dos EUA para produtos vindos da China subiram para 145%.
Como toda a produção da Tote Library era realizada em território chinês, os custos se tornaram muito altos. O modelo de negócio, baseado em margens apertadas com um produto premium, não comportava reajuste de preço.
Com isso, a empresa teve que suspender todas as vendas para os Estados Unidos, removendo o país da sua loja online. Em um único movimento, a principal fonte de receita da empresa evaporou.
A empresa não tinha investidores externos, e o capital de giro foi comprometido com os gastos em marketing e distribuição nos meses anteriores.
“Nosso negócio é nossa única fonte de renda”, afirmou Mendoza.
Com duas pessoas na equipe de marketing e mídias sociais, ela passou a se preocupar com a capacidade de suprir a folha de pagamento.
Mesmo com uma trégua temporária de 90 dias — em que as tarifas foram reduzidas — a imprevisibilidade do cenário regulatório e a queda de confiança dos clientes americanos tornaram a retomada instável.
Segundo a fundadora, o movimento causou confusão no público e afetou a reputação da marca no mercado americano.
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